quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

SEXTA POTÊNCIA


O Brasil, pela leitura do PIB (US 2,5 tri), alcançou a posição de sexta potência na soma aritmética do valor de riquezas acumuladas no país. Incluem-se nele os investimentos, o valor das obras e produtos, a poupança, as dívidas a pagar e os roubos ao Erário.
Quantas vidas humanas, animais e vegetais se perderam com a imprevidência da administração pública e privada diante dos fenômenos naturais previsíveis? Não há subtração nem perdas nessa contabilidade do PIB? Ou os desastres, seu custo, os investimentos da reconstrução jogam intencionalmente a favor do PIB?
Em que posição fica o Brasil se forem somadas as irresponsabilidades, a ineficiência administrativa, o descaso, o desvio dos recursos orçamentários, a construção de obras inúteis ou mal-acabadas, seguidas de justificativas cínicas e pífias?
Que dizer de uma administração pública, da Presidente ao prefeito municipal, dos senadores a deputados e vereadores, de ministros dos 38 ministérios a diretores de empresas estatais que não suspeitaram das montanhas peladas pelo desmatamento incapazes de deter as águas da chuva, nem descobriram, em cem anos, que os rios e córregos que atravessam todas as cidades inundadas foram afunilados entre ruas e casas?
Que dizer desses administradores públicos que aprovam projetos de construtoras de rodovias com valores superestimados sem fiscalização e sem olhar para as montanhas desmatadas e para os rios apertados pelo espartilho das cidades desordenadas?
Se os critérios forem irresponsabilidade administrativa, ausência de planejamento humano, descaso diante dos previsíveis fenômenos naturais exacerbados, o Brasil estará vergonhosamente nas primeiras posições.
Senhora presidente Dilma, não se esconda atrás de incompetentes. Seus ministros não têm que se explicar a senadores. Demita-os para que se expliquem, sem torturas, à polícia administrativa da Controladoria Geral da União.
São esses os crimes de colarinho branco.

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