sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

2021 – O ANO DO NARIZ

 2021 – O ANO DO NARIZ

Aos que buscam o conhecimento contínuo, o ano 2020 indicou que 2021 será o ano do NARIZ. Em outras palavras, não ponha o nariz onde não lhe compete. O nariz é xereta e fofoqueiro, Chega sempre antes do corpo. Ele capta tudo o que está no ar. O ridículo disso é que contaminamos o ar que respiramos de mil e uma maneiras. O nariz traz para dentro do corpo tudo o que jogamos no ar.
A todos os amigos e a todas as amigas, neste fim de ano trágico e durante o imprevisível novo que se anuncia, desejo que cuidem do próprio nariz e sejam sensatamente felizes.
(Extrato do artigo: 2021 - O ANO DO NARIZ - Homenagem a Cyrano de Bergerac - 1619-1655)
24.12.2020
Busquem a companhia e a sombra das árvores.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

POR QUEM DOBRAM OS SINOS

 AMIGOS,

POR QUEM DOBRAM OS SINOS

POR QUEM CHORAM OS VIVOS

 

Até hoje, 184.000 mortos, ao longo e largo do país, foram recrutados pelo vírus covid/19. Quase dois milhões choram por quem dobram os sinos: pais, mães, viúvos e viúvas, avós e avôs, irmãos e irmãs, tios e tias, sobrinhos e sobrinhas, amigos e amigas, sem despedida.

Se nesse jogo aleatório do V/19 fossem sorteados 90 deputados e 60 senadores, quem choraria por eles?

Se a escolha da roleta do V/19 levasse 300 ministros, juízes, desembargadores dos tribunais de justiça, quem choraria por eles?

Se o covid/19 abatesse toda a cúpula do exército, a elite dos funcionários do Estado, quem choraria por eles?

Se metade da família presidencial fosse dizimada pelo vírus/19, quem choraria por ela?

A pátria desolada, todos os sinos dobrariam e o povo compassivo choraria por eles.

Quem e quantos ainda precisam ser sacrificados para que se acenda a luz do bom senso, da sensatez, do altruismo e da sabedoria política?

As ambições pequenas aprisionaram o país e levantaram grades entre os cidadãos.

Desta prisão, escrevi cartas aos amigos como um brado de alerta e de estímulo esperançoso à nobreza da convivência entre as pessoas, à reaproximação e ao respeito à natureza generosa do país.

 




quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

NEGAVIRUS/19

 

NEGAVIRUS/19
Manifestou-se, em 2019, no ambiente brasileiro, um vírus político que resiste a todas as medidas científicas de controle para evitar o contágio das instituições em vigor. O Negavírus/19 se revela por frases de efeitos, bravatas soltas, espasmos culturais, desprezos provocativos, cansaço institucional, canetaços quixotescos.
O vírus se caracteriza pela negação da realidade. É a principal atitude que permite detectar sua presença e seu comportamento nas relações de convivência pública. Negar é preciso.
Não há pandemia no Brasil. A contaminação de milhões de pessoas pela gripe letal Sars2 é uma gripezinha que, até o momento, sacrificou apenas 181.000 cidadãos, que afinal, se escusa o Negavírus, um dia teriam que morrer.
Não há racismo no Brasil, apenas tensões sociais e injúrias raciais.
Não há negros, apenas brasileiros de cor verdade-amarelo.
Não há racismo, apenas discriminação de pobres, desempregados, gente de cor.
Não há corrupção no governo, apenas incompetência, leilão de cargos bem-pagos, desvios milionários, processos negociados.
Não há desmatamento na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica, apenas corte de arvores para a passagem da boiada, plantio da soja e exploração de minérios.
Não há queimadas na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado, apenas alguns focos de calor.
Não há país no mundo que trate tão bem as florestas como o Brasil.
Não são os grileiros de terras públicas que incendeiam a Amazônia, são os índios e os pequenos agricultores.
Não houve apagão no Amapá, apenas um sinistro elétrico.
Não são confiáveis as urnas eletrônicas por alterarem votos. fraudar os eleitores e a esperança dos candidatos.
Não são as empresas brasileiras que compram ilegalmente quatro quintos da madeira ilegalmente serrada por madeireiros.
Não há vacina infelizmente para o negavírus. E, se porventura fosse oferecido pelo generalato que comanda a guerra contra o vírus, ninguém pode obrigar o contaminado a tomá-la em nome da liberdade e da democracia.
O coronavírus é uma questão de saúde física e mental e não de liberdade. A ignorância cobra mais caro do que a educação.
26.11.2020