quarta-feira, 31 de agosto de 2011

FINLANDIA

AOS VISITADORES DESTA PAGINA, INFORMO QUE TENHO BONS EPISODIOS PARA OS PROXIMOS DIAS. POR EXEMPLO: TROCAR A EXPRESSAO MERCADO, LEIS DO MERCADO, POR EMPRESTADORES DE DINHEIRO, LEIS DOS EMPRESTADORES (BANCOS) E OUTRAS MAIS.
VOLTAREI AO TECLADO QUE TENHA TODOS OS SINAIS GRAFICOS, POIS ESTE FINLANDES  ESCREVE NUM IDIOMA BELISSIMO, MAS INCOMPREENSIVEL.
NO MAPA, PODE~SE LOCALIZAR A FINLANDIA ENTRE A RUSSIA E A SUECIA.
COMO SABEM, TENHO MILHARES DE LEITORES DE LIVROS MEUS TRADUZIDOS AQUI.
NA FINLANDIA, A MEDIA DE LIVROS LIDOS PER CAPITA HE DE 45 AO ANO.

sábado, 13 de agosto de 2011

ALGEMA NELES

O ex-presidente que antecedeu a senhora Dilma Rousseff engrossou, ontem, o coro dos que se disseram contrários à aplicação de algemas nos criminosos de colarinho branco do Ministério do Turismo. O argumento que o ex-presidente apresentou na feira literária de São Bernardo do Campo, diante de crianças de escola fundamental, é de que os criminosos têm cédula de identidade, CPF, endereço residencial.

O ex-presidente omitiu que se trata de criminosos comuns, ladrões do dinheiro público, que pagaram antecipadamente um bom dinheiro aos advogados para o caso de prisão, que eles têm aviões particulares para fugir do país quando quiserem e a polícia sabe, e principalmente que todos eles contam com a impunidade fortalecida pela leniência do ex-mandatário durante seu governo.

O ex-presidente Lula, com sua verborragia extemporânea, cometeu um crime contra a educação pública, contra a ética na política, contra os bons costumes. Os criminosos algemados devem responder por crime de lesa-pátria. Algema neles.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

HERANÇAS MALDITAS

Refrescar a memória, num pais em que o crime de hoje abafa o de ontem, é um bom exercício contra o Alzheimer. Tivemos, no governo do Dr. Getúlio Vargas, o mar de lama, o crime da Rua Toneleiros. Os carnavais do Rio de Janeiro soterraram tudo sob o Sambódromo.
Mais perto de nós falou-se de uma herança maldita que o governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso havia deixado ao metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva. Uma herança econômica empobrecida pelo ataque dos tigres asiáticos, preço do petróleo, privatizações a preços discutíveis. Qualquer passo do novo governo vinha precedido por um pontapé nessa herança maldita.
Passou o governo Lula, passaram os mensalões do senhor José Dirceu, os aloprados, os sanguessugas, os lulinhas, a Casa Civil, mais conhecida como casa da mãe Joana, as raposas da velha política reabilitadas em nome da governabilidade. Uma nova classe média foi tirada dos grotões para devorar computadores, celulares, televisões, automóveis financiados em 80 prestações, geladeiras, máquinas de lavar paga-três-leva-uma. Milhões de famintos passaram a comer e a investir na poupança. O Proune diplomou milhares de doutores semianalfabetos. Tudo isso escondia uma herança maldita chamada leniência, corrupção, afago aos chantagistas aliados, blindagem do centro do poder, panos quentes sobre cortes sangrentos, impunidade revoltante.
Quem recebeu a herança maldita do metalúrgico ex-presidente? Quem recebeu de herança o senhor Palocci? Quem levou para casa o pacote falso chamado Ministério dos Transportes, DNIT e companhia? Quem amealhou a fortuna do Ministério do Turismo da Senhora Marta Suplicy? Quem receberá o espólio do Ministério da Agricultura?
A presidente Dilma Rousseff é parte da herança Lula. Ele e ela sabiam de tudo o que se passava no governo em nome da governabilidade. O socialismo foi substituído pelo pragmatismo. Será tudo isso herança ou crescimento cumulativo de crimes contra o país orquestrado por uma sociedade organizada para atender seus interesses privados com a estreita colaboração de sucessivos governos lenientes?
Vale a pena ensinar aos filhos, netos e bisnetos os deveres do cidadão enquanto eles veem o dinheiro dos impostos sorrateiramente  enriquecendo políticos e funcionários comissionados espertos, canalhas, ladrões que se passam por alta sociedade, elite, grã-finos, socialites do Jet set internacional?
Eu desejo que a Presidente Dilma Rousseff deixe ao país uma herança de valor inesgotável: trabalho decente que dignifica o cidadão.

CONSELHO DE RECURSOS HÍDRICOS - DF


No dia 11 de agosto, 2011, instalou-se o Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal. Sou um dos 26 conselheiros que tomaram posse juntamente com os suplentes. Cochichei ao conselheiro sentado a meu lado:
– Se saíssemos agora, cada um de nós, a plantar uma árvore já seria um bom começo para garantir água para o futuro.

Meu vizinho completou:
– Melhor ainda seria sair pelo cerrado a espalhar sementes antes da chuva.
O número de conselheiros e de entidades presentes (veja no Google CRH/DF) é uma tentativa de envolver todos os ramos de serviços do governo e de organizações representativas, associações de moradores e ONGs. Teria sido fantástico criar esse Conselho há 50 anos, quando Brasília engatinhava. O cerrado estava quase intacto. Nascentes de água cristalina jorravam do chão e as pequenas cachoeiras borbulhavam límpidas. Ter-se-ia prevenido o desastre. Milhares de nascentes secaram e com elas córregos e riachos. Os que sobraram estão poluídos e transformados em canais de esgotos. A urbanização exacerbada e desordenada aumentou o consumo de água além da capacidade dos mananciais. Milhares de poços artesianos exaurem os aquíferos. A impermeabilização do solo impede a recarga dos lagos subterrâneos pela água das chuvas.
Agora, estamos todos conscientes do desastre e temos boa vontade para salvar o que sobrou dos escombros ambientais. Vídeos, planos, relatórios, decretos, pessoal comprometido, grandes somas de dinheiro investido, tudo parece chegar a algum lugar incerto e não sabido. Apesar de todo esse esforço institucional parece que o ponto central não foi determinado e é este: o consumo de água pela população é superior à sua produção. É o superpovoamento. Apesar de todo o envolvimento dos órgãos de controle do governo e da sociedade civil, os condomínios abrem poços artesianos sem autorização, as queimadas se multiplicam na época seca, os urbanizadores e construtoras arrasam imensas áreas de cerrado, lixo se amontoa à beira das rodovias, entulho de reformas e construções entopem o Lago Paranoá, as nascentes desaparecem e os córregos viram canais de esgoto.
O Conselho de Recursos Hídricos cumprirá sua missão se a sociedade civil, como segundo poder, conseguir do governo eleito por ela a determinação política de estancar a expansão urbana dentro do Distrito Federal. Tudo indica, porém, que o superpovoamento do Distrito Federal é amparado por interesses econômicos e continuará a desafiar as boas intenções do Conselho de Recursos Hídricos Insustentáveis.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

FELICIDADE

Ser feliz. A busca incessante da felicidade empurra todas as pessoas a capturá-la em qualquer lugar, a qualquer preço. Muitos esperam que ela chegue num embrulho de presente. De tempos em tempos, aparece alguém com receitas infalíveis para lembrar que ela existe e é possível alcançá-la.

Com o passar dos anos, no meio da agitação em que as condições da sociedade me envolveram: ir à escola, aprender um ofício, ganhar dinheiro, conseguir casa, comprar carro, prever os dias da velhice, percebi que ser feliz era o que importava. E cada um dos itens citados no parágrafo anterior trouxe-me dissabores e o “ser feliz” aguardava sua vez.

Não me lembro em que momento, ano ou lugar do mundo, um sinal interior da consciência me acordou e parei subitamente. Recordo apenas que era numa rua estreita, na parte velha e histórica de uma cidade. “Poxa”, disse-me pensando, “ser feliz é estar numa rua estreita, na parte antiga de uma cidade”!

Essa constatação de felicidade me acompanhou por bastante tempo e se consolidava a cada nova rua apertada em que eu entrava. Compus, então, para meu alívio pessoal, uma curta receita que me serve até hoje e parece-me a cada dia mais verdadeira.

Primeiro, estar vivo. Atenção! Parece óbvio. Não é. Quero dizer, conscientemente vivo. Sentir-se vivo por dentro. Aceitar-se, amar-se, respeitar-se como ser vivo. Esta é a primeira condição que me dá o volume e a intensidade de ser feliz. Abro uma observação. A tendência é pôr a felicidade na garupa de algum objeto ou apoiar-se nele, projetando a pessoa na coisa, na casa, no carro, na profissão. É o dilema do ser e do ter.

Segundo, olhar com simpatia e querer bem a todos os seres vivos, pessoas, árvores, flores, pássaros, água, pedras, ventos, tempestades, raios, bichos e sentir-se integrado com eles no universo galáctico e no pluriverso incomensurável.

Terceiro, tudo o mais que me rodeia incorporo como figurante da condição humana, assim como eu o sou para o drama alheio. Sem esses figurantes meu personagem não seria aplaudido por mim ao fecharem-se as cortinas.