sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

CHUVAS DE NOVEMBRO – ANOS 2012 a 2021–

 CHUVAS DE NOVEMBRO – ANOS 2012 a 2021–

– Em milímetros - 1 mm = 1 litro/m2
ANOS NOVEMBRO TOTAL ANO/ MM
2012 - 228,3 *****
2013 - 304,4 2.255,6
2014 - 199,2 1.677,5
2015 - 178,5 1.642,7
2016 - 276,1 1.921,7
2017 - 359,3 1.478,7
2018 - 492,3 1.760.5
2019 163,3 1.069.3
2020 - 192,2 1.787,8
2021 - 332,5 1.381,6 (até 30.11. 2021)
Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados de novembro dos últimos dez anos. Volumes coletados pelo pluviômetro, situado no Sítio das Neves pela Agencia Nacional de Aguas, refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF.
No Sítio das Neves, a vegetação e as nascentes agradecem os 2,327 bilhões de litros de água regeneradora do mês de novembro. Nos onze meses de 2021, o volume acumulado é de 1.381,6 mm no DF.
A média de milímetros dos dez anos nos meses de novembro é de 269,6 mm. Como se observa no quadro, cinco novembros apresentam chuvas abaixo da média. O mês de novembro de 2021 está entre os três mais chuvosos da série registrada.
Os ecossistemas que mantêm vegetação densa resistem melhor às variações do tempo e às severas mudanças climáticas que se anunciam. As queimadas continuam a deteriorar os ecossistemas.
Poucos conhecem as pequenas cachoeiras escondidas no Cerrado.
Elas cantam e dançam. (Sítio das Neves, Foto Eugenio Giovenardi)

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

VELHICE,

 VELHICE,

Preparei minha bela velhice vivendo o PRESENTE 87 anos, ouvindo as lições do PASSADO, sem medo do FUTURO.
Compreendi a natureza. A natureza me compreendeu.

COMPORTAS DO LAGO PARANOÁ

 COMPORTAS DO LAGO PARANOÁ

No dia 24 de novembro a Companhia Energética de Brasília (CEB) determinou a vazão compulsória de 16 m3/s (16 mil litros/s) durante 18h para controlar volume de água da barragem. 16 mil m3 por segundo (ou 16.000 l/s) significa, em 18 horas, 1,036 bilhão de litros. A área do Plano Piloto (437 km2) é de 43,7 milhões de metros quadrados. Uma precipitação média de 230mm num mês (230 litros/m2), sobre o Plano Piloto, lhe oferece 10,08 bilhões de litros. Quase todas as vias impermeabilizadas do Plano Piloto descarregam rios de água ao Paranoá nos meses de chuva.
Qual seria uma opção ecológica, para manter boa parte dessa água gratuita na área denominada por Lúcio Costa: Escala Bucólica? Ao longo da Escala Bucólica, nas áreas verdes não edificáveis do Plano Piloto, às margens do Lago Paranoá, nas áreas disponíveis das cidades satélites, por que não construir, nesses espaços, uma centena de pequenos lagos, cercados de vegetação nativa, flores, com bancos para repouso, meditação e leitura? Não é esta a função repousante da Escala Bucólica?
Lagos de 50mx60mx0,80cm dão espaço para 2.400 m3 x 100 lagos, teriam a capacidade de reter 240.000 m3 (240.000.000 litros). Qual seria o benefício ambiental e artístico para o ecossistema, para a vegetação, para os pássaros, para a limpeza do ar, para melhorar a umidade, para o conforto do cidadão? Pensar não paga imposto nem pedágio.
No Sítio das Neves, do qual sou hóspede, esses lagos são substituídos por pequenas barragens que captam, detêm e amenizam o clima. Dessedentam a vegetação, os pássaros, os bichos. Árvores felizes tornam feliz o planeta.
Em época de escassez hídrica, qualquer gota alivia a sede.
Seis meses de chuvas descarregam 1.200mm ou 1.200 litros de água por metro quadrado sobre o Plano Piloto. Isto representa, só para o Plano Piloto um volume de 52,464 bilhões de litros/ano.
A água que, em boa parte, podia ficar por aqui, desce morro abaixo.
Pequenas barragens que retêm água da chuva (Foto Eugenio Giovenardi, Sítio das Neves)

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

DESEMPREGO 2021 – BRASÍLIA

 

DESEMPREGO 2021 – BRASÍLIA

 

A taxa de desemprego, da fome e da desigualdade, em Brasília é de 17,7% (CB). O índice significa 297.000 desempregados. Eles são visíveis nas portas de mercados, nas barracas em ruas centrais, nos semáforos, nos estacionamentos ao largo da cidade. O número de desempregados, no DF, é maior do que o de habitantes de Taguatinga (230.000). Uma cidade flutuante.

Então, distribuir 297 mil kg de comida/dia e 32,6 milhões de litros de água/dia ou gerar oportunidades de trabalho digno?

Decifra-me ou te devoro! Diz a esfinge política.

Sugiro uma útil e bela profissão:

PLANTADORES DE ÁRVORES.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

CANTO UNIVERSAL

 CANTO UNIVERSAL

A natureza se fez vida
E habita entre nós.
Sou a pedra, sou a terra,
Sou a flor, a íris, a caliandra,
Sou a aranha e a ameba,
Sou a serpente e o tatupeba,
Sou o pântano e o olho d’água.
Sou o fruto da mangaba,
Do pequi e do bacupari.
Sou a ave, o gavião, o sabiá,
Sou o peixe, a tartaruga, o caracol,
Sou o gato, o cão, o rato,
Sou o cordeiro, sou lobo-guará.
Sou você, sou o outro
E ambos somos todos.
E todos somos a vida
Para um canto universal!

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

DIA MUNDIAL DO ESCRITOR

 Salve o dia Mundial do Escritor.

A palavra é a expressão mais completa do que somos, pensamos e amamos. O escritor é o amigo desconhecido que nos visita e nos fala devagarinho. Um amigo sem fronteiras.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

 


SABIÁS DA 406 SUL
Os animais, todos, trazem orgânica e biologicamente em si o potencial virtual para fazer e repetir as qualidades de seus genitores.
Os humanos reproduzem por imitação e alguma criatividade a cultura do grupo familiar e social.
As aves, como o sabiá, recebem no ninho a partitura de seu canto. Seus pais estimulam os filhotes repetindo a ária para ser imitada. Acompanho o canto dos sabiás, nas árvores da minha quadra 406 Sul e no Sítio das Neves, pousados à beira do riacho ou nas mangueiras. Sabiás urbanos e rurais.
O sabiá da 406 Sul adotou todos os costumes urbanos. Dorme pouco e canta muito. Canta às 6 h da tarde para saudar a Lua e despedir-se do Sol. Canta à meia-noite para anunciar o começo de outro dia. Canta às 4 h da manhã e conversa amenidades com o marido e filhotes. Canta de novo às 5h30 uma longa e interminável melodia protestando contra os milhares de carros que atravessam a L-2.
Os sabiás rurais, como bons camponeses, dormem cedo e acordam cedo. Aprenderam com as árvores em plena escuridão que a noite é para dormir.
Sabiás vivem em diferentes países, urbanos e rurais. Na Itália é o Tordo, em Portugal é a Cotovia, na França é o Tordo (com acento no ô final), em países de língua espanhola é Ruiseñor, na Finlândia é Cem Línguas pela variedade de tons.
Em todos esses países, os sabiás terão se adaptado aos costumes urbanos e rurais de seus admiradores.
Canta sabiá! A vida é um canto milagroso!
6.10.2021

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

 CHUVAS DE SETEMBRO – ANOS 2013 a 2021–

– Em milímetros - 1 mm = 1 litro/m2
ANOS SETEMBRO >TOTAL ANO
2013 - 40.5 2.255,6
2014 - 31.8 > 1.677,5
2015 - 39.3 > 1.642,7
2016 - 16.2 1.921,7
2017 - 10.5 1.478,7
2018 - 37.5 1.760.5
2019 20.3 1.069.3
2020 - 14.7 1.787,8
2021 16.2 872.1 (até 30.9.2021)
Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados de setembro dos últimos nove anos. Volumes coletados pelo pluviômetro, situado no Sítio das Neves pela Agencia Nacional de Aguas, refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF. Em setembro, entre os dias 25 e 28, houve duas precipitações somando 16.2 mm.
No Sítio das Neves, a vegetação e as nascentes agradecem os 11,3 milhões de litros de água regeneradora. Nos nove meses de 2021, o acumulado é de 872.1 mm, no DF.
A média de milímetros dos nove anos é de 27.3. Como se observa no quadro, com exceção de 2018, cinco setembros apresentam chuvas abaixo da média, indicando indícios claros de crise hídrica.
As poucas chuvas de março e abril, os meses secos de maio a setembro deram o alerta de um possível longo período de seca. A produção de energia hidroelétrica está afetada e o consumo de águas está sendo racionado, administrativamente, em alguns bairros de Brasília. A fiscalização e o controle sobre o consumo de água deveria ser rígido em áreas residenciais e em estruturas de maior uso, bem como sobre poços artesianos.
Medidas inteligentes são necessárias para a transição e adaptação às mudanças climáticas e hídricas que se verificam. Os ecossistemas que mantêm vegetação densa poderão resistir mais e melhor à intensidade da estiagem dos próximos quatro meses.
As queimadas deterioram os ecossistemas.
Foto: Área recuperada, após 25 anos de paciência e esperança, graças ao respeito da natureza. Sítio das Neves.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

JÊNIFER E LAURO

 

JÊNIFER E LAURO

 

A introdução de animais domésticos no ambiente natural, entre bichos ingênuos e inocentes da selva, é um assunto delicado.

O gato doméstico recebe o carinho e o colo, os cuidados de saúde e o cardápio da comida de seus protetores.

O sabiá, arquiteto previdente, constrói o ninho para sua família. Coleta a própria comida e a dos futuros filhotes. Alegra-nos gratuitamente com sua inigualável opereta.

O gato caseiro volta a seus instintos biológicos diante da indefesa presença do sabiá. Não resiste ao impulso natural. Arma-se para o ataque. Expulsa a mãe sabiá e devora os filhotes que dormiam no aconchego do ninho.

Jênifer e Lauro, mãe e filho, caçaram e expulsaram ratos e lagartixas que frequentavam o telhado da casa. Agora, sem ratos e lagartixas, expulsam sabiás e canários que se aninham nos vãos da varanda de nossa casa cercada de árvores.

Chorei pelo sabiá, nesta manhã.

Não posso mudar a natureza do gato.

Qualquer semelhança com humanos é preocupante coincidência.

21.9.2021

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

SETE DE SETEMBRO

 SETE DE SETEMBRO

É DIA DE MANIFESTAÇÃO!
Manifesto, singelamente, meu agradecimento à natureza que me deu a vida.
Minha admiração, minha interação, meu amor a todas as caliandras e flores do Cerrado.
Meu carinho aos olhos d’água que formam os riachos.
Às florestas que abrigam borboletas, araras, mico-leão-dourado, onças, antas e formigas,
Aos cipós que abraçam árvores que me dão sombra e ar puro.
Ao solo que me dá alimento.
Meu amor a vocês que podem ler, ver, ouvir, falar e caminhar por este entranhado pedaço de planeta que chamamos pátria.
Retribuo as manifestações silenciosas de todas as vidas do universo que sinto pulsar dentro de mim.
FLOR DA CANELA-DE-EMA (Foto Eugenio Giovenardi - Sítio das Neves

ELOGIO DA MENTIRA

 

ELOGIO DA MENTIRA

 

A mentira tem a mesma fonte e a mesma força da verdade. Ambas são produzidas pelo cérebro.

A mentirosofia se consolida no compartimento amplo da mentirocracia.

Um conto literário é uma mentira curta. O romance é uma longa e confusa mentira. Os personagens brotam da mentira ampliada. O escritor, incentivado pela história fantasiosa, lhes dá vida. Essas mentiras são citadas, depois, como verdades.

A mentira é sábia. É obra-prima do homo sapiens.

As galerias do Louvre apresentam, há séculos, a arte da mentira deixada por Leonardo da Vinci. O excepcional grupo de pintores, de todas as origens, encanta a espécie humana com mentiras decifráveis e indecifráveis, como as de Salvador Dalí.

A construção arquitetônica de cidades é uma singular mentira ecológica imposta a um ecossistema.

As mentiras politicas associadas às econômicas e financeiras enriquecem a poucos e, no Brasil, empobrecem a maioria. E todas são constitucionais.

As mentiras judiciais toleram sentenças que valem para hoje. Nem sempre se ajustam à mentira do amanhã.

Uma afirmação sempre tem duas interpretações que se opõem. Uma é contrária, artificialmente verdadeira. O ente julgado é condenado pela suposta verdade e absolvido pela verdadeira mentira.

A verdade é uma mentira provisória. A mentira é uma verdade intemporal e flutuante. A mentira desmentida é a comprovação da mentira. Como a verdade, a mentira é eterna e inextinguível.

A mentira tem pernas longas. É veloz com velocidade do som e da luz. É ouvida, em segundos, nos quatro cantos do planeta.

A mentira não tem compromisso com regimes de esquerda ou de direita, nem de religiões. Ela convive com a democracia livremente e com ditaduras sob forte proteção armada.

A mentira será tão eterna quanto a verdade que se lhe oponha.

O falso, o enganoso, o sofisma são expressões integrantes da convivência humana. Não há falsa verdade. Institui-se um dia especial para celebrar a mentira ou um fato enganoso. “Mentir, mentir sempre. Alguma coisa ficará como verdade”. (Voltaire) Vender gato por lebre é tão antigo quanto a existência desses bichos.

A mente é impalpável, invisível. Tem o dom de se mimetizar. É um camaleão diante da realidade. Por isso se opõe ao corpo (corpus) visível, tocável, com formas medíveis.

O cérebro associa as informações recebidas dos cinco sentidos. Expressa, por palavras, gestos ou sinais, o produto, o pensamento, a suposta realidade percebida.

A proposta cerebral, a intenção ou o plano podem se referir ao corpus, ao real. Mas pode inventar, enganar e falsificar o sentido e o significado das informações recebidas. A mente, o pensamento enganoso é uma alternativa. Pode ser e pode não ser o que se denomina verdade.

Pode-se aceitar ou não o produto do cérebro. A verdade e a mentira disputam misteriosamente o reino da liberdade e os tribunais da justiça.

Umas das mentiras sibilinas é: nada a ver. Isto não tem nada a ver comigo. Não fui eu. Não conheço a pessoa. Nunca estive nesse lugar. Não lembro do fato. Sempre cumpri minhas obrigações. Nunca menti. Minha vida é um livro aberto.

Eugênio Giovenardi

16.9.2021

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

CHUVAS DE JULHO E AGOSTO – 2021

 CHUVAS DE JULHO E AGOSTO – 2021

A última chuva da temporada caiu no dia 14/6/21. Nos últimos 9 anos, o mês de julho só recebeu 3mm (3 litros por m2) de chuva em 2014. Julho é mês frio e seco. As árvores descansam. No mês de agosto, a volta da Sol ao hemisfério Sul torna irregular a formação de nuvens de chuva. Nos últimos 9 anos, agosto recebeu chuvas em 2013 (3.1mm), 2016 (56,2mm), 2018 (12,6mm) e 2021 (15mm). No Sítio das Neves (DF), esses 15 litros por metro quadrado significaram 10,5 milhões de litros sobre a vegetação e as nascentes. (Área 700.000 m2 X 15)
Embora os registros meteorológicos tenham mais de 120 anos, os administradores sempre se surpreendem com as irregularidades das chuvas em vez de se anteciparem com medidas inteligentes para enfrentá-las.
Grandes represas não são prova de inteligência. Chuva e vegetação nativa, especialmente em mananciais e nascentes é a combinação inteligente para garantir o fluxo dos cursos de água. Essas medidas inteligentes são necessárias para a transição e adaptação às mudanças climáticas e hídricas que se verificam. Os ecossistemas que mantêm vegetação densa poderão resistir mais e melhor à intensidade da estiagem dos próximos anos.
As queimadas deterioram os ecossistemas.

AOS AMIGOS PROTETORES DA ÁGUA
TRÊS ADVERSÁRIOS DA ÁGUA
1. Grandes represas que destroem ecossistemas protetores.
2. Irregularidade das chuvas
3. Uso humano de energia hidroelétrica
Examine-se o item 3. Minha conta de energia registra o consumo mensal de 167 KW para duas pessoas. Cada uma consome, por dia, 2,7 KW. Para gerar 1 KW são necessários 6.660 litros de água. Meu consumo real de água diário é de 17.982 litros mais os 110 litros oficiais da OMS. Total: 18.092 litros por dia.
Não há represa nem planeta que aguente a pesada mão humana.
Temos que aprender com a produtividade do Sol e dos ventos e poupar água. Hoje, no Brasil, poupar água é apagar as luzes.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

CHUVAS DE JUNHO -2013-2021

 

CHUVAS DE JUNHO – ANOS  2013 a 2021–

  – 1 mm = 1 litro/m2

ANOS                 JUNHO     >TOTAL ANO

2013 -                  23.5                     2.255,6

2014 -                    7.0           >       1.677,5

2015 -                    0.0           >       1.642,7

2016 -                    0.0                     1.921,7

2017 -                    0.0                    1.478,7

2018 -                   0.0                    1.068,7

2020 -                   0.0                    1.787,8

2021                   39.0                       851.9 (até 30.6.2021)

Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados de junho dos últimos nove anos. Volumes coletados pelo pluviômetro, situado no Sítio das Neves pela Agencia Nacional de Aguas, refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF. Em junho, entre os dias 13 e 14, houve uma surpreendente chuva volumosa em algumas áreas do DF, segundo o Imetro.

Nos seis primeiros meses de 2021, o acumulado é de 851.9 mm. O Centro-Oeste é o provedor de água para todas as barragens hidroelétricas que dependem das chuvas e das áreas de nascentes. Rios que correm ao Sul, ao Norte e ao Nordeste do Brasil.

As poucas chuvas de março e abril, os meses secos de maio e junho deram o alerta de um possível longo período de seca. A produção de energia hidroelétrica será afetada e o consumo de águas poderá ser racionado em alguns bairros de Brasília. A fiscalização e o controle sobre o consumo de água deveria ser rígido em áreas residenciais e em estruturas de maior uso, bem como sobre os poços artesianos.

Medidas inteligentes são necessárias para a transição e adaptação às mudanças climáticas e hídricas que se verificam. Os ecossistemas que mantêm vegetação densa poderão resistir mais e melhor à intensidade da estiagem dos próximos quatro meses.

As queimadas deterioram os ecossistemas.

 

Fogo Cartas da Prisão

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

PASSATEMPO 28.6.1934-2021

 PASSATEMPO

Agradeço
A natureza que me deu a vida,
A Hilkka Mäki que trilha comigo por 53 anos o mesmo caminho.
A minha filha Aino, e as netas Luiza e Laura pela alegria estimulante.
Aos colegas do Instituto Histórico e Geográfico/DF, da Academia de Letras do Brasil e da ANE.
Aos amigos fieis que me honram com sua visita a esta pagina
As árvores e as águas do Sítio das Neves, deusas que sustentam minha vida.
A Aldebarã que ilumina minhas noites.
A todos que viajam comigo a bordo do planeta Terra, dedico o
PASSATEMPO
Apoiado à janela,
Esperei o tempo passar.
Vi passarem centenas de carros.
Vi ônibus lotados passarem.
Vi a menina caminhando
E, trotando ao lado,
Um pequeno cão feliz.
Não vi passar o tempo.
Vi um pássaro voar.
Vi o Sol se pôr.
Vi Aldebarã brilhar.
Não vi o tempo passar.
Assim, passam os dias.
E o tempo não vi passar.
O tempo, sem passar,
Ficou no passado.
Volto ao passado.
Conto os dias e os anos do tempo.
O tempo, hoje, são 87 anos.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

JUIZ PARCIAL

 CAROS AMIGOS

Para compreender:
Que autoridade jurídica tem um ministro do Supremo Tribunal Federal para determinar a parcialidade de um juiz sem intimá-lo a se defender da acusação?
Por que esse ministro não declarou parciais os dez juízes que em segunda e terceira instâncias confirmaram a sentença do primeiro juiz?
Mistérios da justiça. O Brasil não tem acusados, nem indiciados, nem criminosos. Só tem pacientes!!
Agradeço comentários e data venia.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

RAIZES - CÉREBRO DAS ÁRVORES

 

RAIZES - CÉREBRO DAS ÁRVORES

 

O cérebro oculto das árvores, envolto no silêncio da terra, comanda diligentemente toda a continuidade da vida.

A trama e a circunvolução das raízes buscam alimento em todas as direções do solo. O laboratório vegetal, em ação dia e noite, transforma os elementos nutritivos, água e minerais, em seiva.

As raízes, inteligência oculta das árvores, administram seiva a cada galho, a cada ramo, a cada folha em alturas de até 30 e 60 metros. Controlam a galhada para que a árvore colha, aos quatro lados, a luz, o carbono, o ar.

Que força é essa capaz de bombear a seiva a cada galho, a cada folha a 30 ou 60 metros de altura?

O laboratório radicular das árvores acompanha com sensores autorreguláveis as informações da natureza, a luminosidade, as horas do dia e da noite, os amanheceres e os entardeceres, as variações de temperatura e os períodos de chuva.

Nesse laboratório, entra carbono e sai oxigênio.

Sem sair de casa, as árvores veem suas irmãs, amigas ou desconhecidas instaladas ao redor e a todas estendem-lhes os braços e as acariciam, sem inveja, sem avidez.

A beleza e arte das árvores têm o toque da simplicidade, da inocência e da fraternidade. A desigualdade, num aglomerado de árvores pequenas, grandes, finas ou grossas, floridas e frutíferas, está nas diferentes espécies e nas diferenças orgânicas que a natureza programa e configura.

São as diferenças entre a mesma espécie de árvores e a de espécies diferentes que tornam artística e bela a desigualdade da floresta.

As árvores e todos os seres vivos têm a mesma genealogia e por isso constituímos a irmandade universal. Somos todos irmãos descendentes da mesma célula original e todos lutamos pela vida em busca da felicidade.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

A SELVA DESTRUÍDA E ABANDONADA

 

A SELVA DESTRUÍDA E ABANDONADA

 

Os grandes conflitos que atormentam a espécie humana, com poucas soluções à vista, têm uma de suas causas o ter destruído irresponsavelmente grande parte da selva e ter saído dela. Não deveria ser orgulho patriótico de nenhum chefe de Estado da América Latina ter desflorestado 713 milhões de hectares entre 1985 e 2018 (PESQUISA Fapesp, Menos florestas, Mais agropecuária, no. 304, junho 2021), para produzir metade da soja consumida no planeta e abrigar o maior rebanho de bovinos do mundo. Esta imensa área modificada representa um obstáculo quase intransponível para o funcionamento e a regeneração dos ecossistemas. CRISE HÍDRICA!?

Temos raiva, ódio, antipatia, vergonha da natureza, origem de todos os seres vivos, entre eles a espécie humana? Olá, Freud, Jung, Lacan!!!

 

10.6.2021

  

RETRAÇÃO DAS CHUVAS,

 

RETRAÇÃO DAS CHUVAS,

 

Chegamos, com a retração das chuvas, ao ponto alto da indiferença e da insensatez. Diante da chamada crise hídrica, todas as atenções se voltam para as fontes alternativas de energia. Energia elétrica é prioridade para mover indústrias, agricultura, comércio, residências, aparelhos eletrônicos que são, ao mesmo tempo, canais incansáveis de poluição das águas, da terra e do ar. O Brasil é rico em rios que poluem o oceano que nos cerca. Com ou sem chuva, em Brasília, jogamos aos córregos, rios e lagos mais de 700 milhões de litros diários de água suja.

Todos sabem onde estão as represas, os reservatórios águas abaixo. Poucos se lembram onde mora o olho d’água, águas acima, que enche as Itaipús e as Três Marias. A água é vida, mas fica por conta do tempo. Sintomático. A vida, em segundo lugar. A água é tratada como um recurso. Vida não é um recurso. É a essência da ação. A escassez de água, no Brasil e no mundo, é vítima de nossa indiferença. Não há água sem mananciais, sem florestas, sem amor pela fonte da vida.

 

Água limpa de olho d’água protegido. Sítio das Neves. (Foto: Eugênio Giovenardi

9.6.2021


 

domingo, 6 de junho de 2021

DIA DA ECOLOGIA.

 DIA DA ECOLOGIA.


Um olhar sobre nossos ecossistemas. Alguns protegidos. A maior parte deles persistentemente degradados. A forma moderna para degradar os ecossistemas é o lixo, a poluição do ar e das águas com centenas de poderosos pesticidas e biocidas usados nas cidades, dentro de nossas casas, na produção e distribuição de alimentos.
A melhor forma de proteger os ecossistemas e receber deles o apoio à nossa saúde é usar os elementos defensivos encontrados na biodiversidade que eles criam.
Quem protege as árvores e as águas, eliminando o uso de biocidas, também ditos pesticidas e agrotóxicos, merece o prêmio da paz vegetal. É a receita mais limpa para a regeneração dos ecossistemas que geram seus antídotos naturais.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

ANTES DA INDEPENDÊNCIA

 ANTES DA INDEPENDÊNCIA

José Bonifácio de Andrada e Silva, se vivesse hoje, estaria abalado com as atitudes desastrosas do funcionário que ainda ocupa o Ministério do Meio Ambiente.
O Patriarca da Independência manifestava indignação contra a degradação ambiental inaugurada no Brasil Colônia: “Destruir matos virgens, como até agora se tem feito no Brasil (1821), é extravagância insofrível, crime horrendo e grande insulto feito à natureza”.
Escreveu José A. Pádua sobre José Bonifácio: Ele teve contato direto com o processo de construção do conhecimento ilustrado sobre o que chamavam de ‘sistema da natureza’. (Fonte: Revista PESQUISA FAPESP, N. 298)
A matança de nativos, a extração de minerais, o desmatamento, a queima da Amazônia e a garimpagem criminosa fazem parte do mesmo ideário insensato que se quer consolidar duzentos anos.
Em ECOSSOCIOLOGIA – RELAÇÕES HOMEM/NATUREZA, ofereço gratuitamente aos interessados algumas contribuições para o conhecimento e conversa com a natureza. Tel 61 9 99 81 28 07. Face Book, e-mail eugeniogiovenardi@gmail.com
Pode ser uma imagem de ao ar livre, árvore e texto que diz "ECOSSOCIOLOGIA RELAÇÕES HOMEM/NATUREZA HOMEM/ SEGUNDA EDIÇÃO REVISADA E AMPLIADA EUGÊNIO GIOVENARDI"
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