SE A ESPÉCIE HUMANA DESAPARECER

 SE A ESPÉCIE HUMANA DESAPARECER

BACTÉRIAS E VÍRUS, ESSES DESCONHECIDOS

SE A ESPÉCIE HUMANA DESAPARECER

Desapareceram os tiranossauros m os dinossauros, os ictiossauros. Ficaram esqueletos que nos apontam a finitude da vida. Sobraram crocodilos, jacarés e lagartixas.

Extinguiram-se os neandertais (vestígios concretos no Vale do Neander /Alemanha) depois de habitarem a Eurásia por mais de 400 mil anos. Com eles cruzamos em seus últimos 50 mil anos. Deixaram-nos, em centenas de cavernas - Lascaux, Roucadour e Chauvet (FR), Atapuerca, Burgos (ES), Gibraltar (PT) – testemunhos de sua dramática e trágica existência. Pelo caminho silencioso da evolução, ao longo de milhões de anos, entrou no palco o homo sapiens “sem ruído” (Teillard de Chardin). Construímos Jericó há 15 mil anos e, Biblos, há cinco mil anos (Hititas). Deixamos pegadas em Malta, Atenas, Delfos, Roma, Corinto, Paris, Brasília. Erguemos Acrópoles, Panteão, Basílica de São Pedro, Nôtre Dame, Louvre.

Nossos vizinhos, Maias, Astecas, Incas não resistiram à nossa chegada, há 500 anos. Memórias, memórias, memórias!

Se desaparecer a espécie humana e vierem, depois, os hominídeos de metal, os robôs da inteligência artificial, que farão eles com as esculturas de Michelangelo, Rafael, e a Gioconda de Da Vinci? Com que sentimentos olharão Davi, Pietà, Moisés? Que farão com nossos museus, catedrais, teatros, edifícios de cem andares?

O que o tempo fará com tudo que deixarmos nas costas do planeta? É uma decisão que só o tempo dará. Tenho certeza, diante do desaparecimento lento e gradativo de tantas espécies vivas, que o meu está garantido. Cada qual que desapareça em paz com o planeta e deixe em grutas modernas os vestígios de sua gloriosa passagem. Nossa espécie pode desaparecer em 10, 20 ou um milhão de anos. Até lá, o planeta não será mais o mesmo.

{Enterro de mulher neandertal. Reprodução antropológica, Gruta de Atapuerca, Burgos, Espanha. Foto:

Eugenio Giovenardi

, 2019.)

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ÁFRICA

 

ÁFRICA

 

A MURALHA VERDE, AO LONGO DE 7 MIL KM, É UM NOVO OLHAR SOBRE A ÁFRICA, BERÇO DA HUMANIDADE.

UM OLHAR VERDE DE ESPERANÇA PARA OS HABITANTES DO PLANETA.

MILHÕES DE ÁRVORES PARA GUARDAR AS ÁGUAS DA CHUVA E RECARREGAR OS AQUÍFEROS SUBTERRÂNEOS, OS CÓRREGOS E OS RIOS.

OBRA GIGANTESCA QUE ESTIMULA TODOS OS POVOS A PROTEGEREM AS ÁGUAS E A PLANTAREM ÁRVORES.

ÁGUA E ÁRVORES, A9O CALOR DO SOL, REGENERAM OS ECOSSISTEMAS, SÃO FONTE DE SAÚDE E BEM-ESTAR PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ESPÉCIE HUMANA.

MURALHA VERDE DA ÁFRICA, UM PRESENTE PARA AS FUTURAS GERAÇÕES.

 

7.000 km de comprimento entre Senegal e Etiópia

400 km de largura

2.800.000 km² – quase o tamanho da Amazônia.

280.000.000 ha

2.800.000.000.000 m²

CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA: 2,8 TRILHOES DE M³ DURANTE O PERÍODO CHUVOSO (1.000 mm)

É preciso repetir mil vezes por minuto que as condições de saúde são dadas pela água limpa, pelo ar limpo e pelas árvores que limpam a água e o ar. São elementos simples que ainda estão fora do abc humano.

 

23.3.2021

 

DIA MUNDIAL DA ÁGUA - 2021

Foto: Eugênio Giovenardi, Sítio das Neves. Área protegida no DF. Águas cristalinas, potáveis, frias, guardadas por árvores e pedras milenares. 

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 2021

O DIA MUNDIAL DA ÁGUA é para lembrar aos 7 bilhões e 800 milhões de humanos que a natureza nos tirou da água e somos feitos de água. A natureza está em nós. Se cuidarmos da limpeza da água de nossas nascentes, de nossos córregos, de nossos rios, lagos e mares, teremos água limpa no corpo, saúde e alegria de viver. Se cuidarmos das árvores, teremos água limpa e umidade no ar. O Dia Mundial da Água lembra aos humanos que, a cada dia, jogamos 860 bilhões de litros de água suja em nossos rios e lagos. O Dia Mundial da Água lembra aos que têm água nas torneiras que 2 bilhões e 300 milhões de pessoas, em várias regiões do planeta, têm acesso restrito às fontes de água e é buscada a longa distância. No Planalto Central, o maior cuidado deve ser com as águas acima, com as nascentes que alimentam as represas águas abaixo. Árvores, florestas conservam as nascentes, produzem umidade e guardam grande parte das águas das chuvas

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AMIGO SERÁ SEMPRE AMIGO

 

AMIGO SERÁ SEMPRE AMIGO

 

Bogotá, 1990, dirijo um projeto da OIT para cooperativas de pequenos agricultores. Conheço o secretário do Ministério do Trabalho, Pedro Eugenio Lopez Salazar. A amizade começou e se consolidou na comunhão de ideias e ideais para mudar a economia exploradora. Negociamos com os comandantes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia), dos ELENOS (Exército de Libertação Nacional), do EPL (Exército Popular de Libertação) para transitar nas áreas conflagradas e oferecer nosso apoio aos camponeses. Passaram os anos. Eu voltei para o Brasil e Pedro Eugenio tornou-se professor de economia na Universidade de Extremadura, de Badajoz, Espanha. Fui visita-lo várias vezes a caminho de Paris e Helsinque. Ao completar 85 anos, em 2019, fui visitá-lo, iniciando minhas despedidas da Europa. Visitamos juntos as Covas dos Neandertais, em Atapuerca, Burgos, ES. Voltamos às origens ancestrais, 300 mil anos de história humana. Prometi-lhe voltar a vê-lo quando eu completasse 90 anos. Não se pode contar com o futuro. Hoje, 11 de março de 2021, depois de 45 dias lutando contra o vírus/19, Pedro Eugenio se apagou. Amarga notícia me deu Prisca ao telefone. Meus olhos se encheram de lágrimas de amizade. Guardarei sua amizade enquanto eu viver.

Nota: Pedro Eugenio, amigo del alma, não pôde ler meu recente livro CARTAS DA PRISÃO (2020) que lhe chegou quando já estava na UTI.

 

(Foto: Casal Prisca e Pedro Eugenio, 2019)

ONDE ESTÃO OS TRÊS GAROTOS DE BELFORD ROXO?

 ONDE ESTÃO OS TRÊS GAROTOS DE BELFORD ROXO?

Onde está o coração de Lucas Matheus da Silva?

Onde estão os olhos e as córneas de Alexandre da Silva?

Onde estão os rins e o fígado de Fernando Henrique Ribeiro?

Em que estádio de um país futebolístico pisarão os pés desses três meninos?

Em que prisões de trabalho escravo amargarão a vida sem deixar rastros?

O VIRUS mata e deixa o corpo da vítima para a mãe, o pai, a avó, o tio, a sobrinha, os irmãos, os amigos o enterrarem entre lágrimas e flores.

Que vírus humano abduziu os três meninos sem deixar vestígios?

Castro Alves diz em O NAVIO NEGREIROS:

Donde vem? onde vai? Das naus errantes

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?

Neste Saara os corcéis o pó levantam,

Galopam, voam, mas não deixam traço.

CHUVAS DE FEVEREIROS 2021

 

CHUVAS DE FEVEREIROS  – ANOS  2013 a 2021–

    EM MILÍMETROS – 1 mm = 1 litro/m2

                   FEVEREIRO                       ANOS

2013 -                  132.7                  >       2.255,6

2014 -                  173.0                  >       1.677,5

2015 -                  292.2                  >       1.642,7

2016 -                  288.0                  >       1.921,7

2017 -                  203.8                  >       1.478,7

2018 -                  115.5                  >       1.760,5

2019 -                  358.7                  >       1.068,7

2020 -                 276.4                            1.787,8

2021                    411.2                              552,6 (até 28.2.2021)

 

Aos que se interessam e seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados de fevereiro nos últimos nove anos, graças à localização de um pluviômetro fixado no Sítio das Neves pela Agencia Nacional de Aguas e que compõe a rede de informações pluviométricas do DF. O Sítio das Neves, localizado na BR-060, km 26, DF, com extensão de 70 hectares (700.000 m2), é uma área em regeneração integral do ecossistema, desde 1974. Centenas de pequenas barragens de pedra ou galhos secos e terra de cupim, captam, retêm três quartos da água da chuva e auxilia a recarga dos aquíferos.

O mês de fevereiro ultrapassou a média registrada nos últimos 30 anos (235,0 mm) e compareceu com 411,2 mm ou litros por m2, o que somou um volume de 164.500.000 litros sobre o Sítio das Neves (700.000m2 X 411,2 litros). Sobre o DF o volume chegou a 1 trilhão e 368 bilhões de litros no mês de fevereiro.

Infelizmente, grande parte dessa água, no DF, por falta de uma política racional de contenção, captação de águas da chuva, galoparam morro abaixo, levando areia, terra, pedras, lixo, detritos aos lagos, córregos e rios.

Há uma solução regenerativa que ameniza essa irregularidade: ARBORIZAÇAO E RESPEITO AOS CURSOS DOS RIOS E CÓRREGOS.

CACHOEIRA

 

MERCADO, PIB E MORTES

 

MERCADO, PIB E MORTES

 

Os liberais da atual equipe que administra os bens e as necessidades essenciais da população é inspirada pelo invisível espírito do mercado e pelo deus PIB. Para eles, combater a energia letal do coronavírus é sinal de fraqueza. O desemprego, dizem, combate=se com trabalho, salário mínimo, produção e consumo obsessivo. Os, até hoje, 260 mil brasileiros que sucumbiram silenciosamente ao V/19 não trabalham mais, não produzem mais, não consomem mais. E o PIB? E o mercado? Agora, esse deus PIB e esse espírito invisível do mercado se contentam com tubos de oxigênio, vacinação atrasada, caixões, velas e enterros.

A vida desses 260 mil brasileiros sequer recebeu a atenção de um enterro digno e de um pêsame nacional. A economia administrada por esses sábios liberais prescinde da vida e é forçada, a contragosto, a administrar vacinas, hospitais e enterros.

ACORDA MARIA BONITA QUE O DIA JÁ RAIOU!

4.3.2021