Ouço um grito trazido pelos ventos uivantes.
– Onde está o amigo?
Rodando a uma desmesurada velocidade. Rodando pelo espaço a bordo de um planeta entre sóis, estrelas e galáxias.
Encontro-me num ponto variável, pois tudo roda em ritmo preciso.
Ora caminhando por vales longos, ora sentado à sombra de um mogno, ora deitado nos braços da noite.
Em qualquer posição, desta altura indefinida, equidistante de todas as lonjuras, equilibrado no vazio, convivo com a grandeza que vislumbro por todos os lados.
Amigo, tudo aqui é fantasticamente grande, enorme, infinito.
Os abismos luminosos ou escuros são gigantescos.
Daqui, tudo parece imenso na singeleza do colossal, na simplicidade do magnífico.
Vou rodando, pois, pelo espaço, agarrado à casca do planeta Terra em busca de nada.
Rodo pelo prazer de rodar no espaço aberto, entre estrelas e galáxias, vencendo silêncios descomunais.
Não conto horas nem dias.
Milênios me esperaram para esta aventura.
Milênios restam para rodar pela vastidão descomunal do universo.
Saudações siderais aos ventos de hoje e de outrora.
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