quarta-feira, 30 de junho de 2021

PASSATEMPO 28.6.1934-2021

 PASSATEMPO

Agradeço
A natureza que me deu a vida,
A Hilkka Mäki que trilha comigo por 53 anos o mesmo caminho.
A minha filha Aino, e as netas Luiza e Laura pela alegria estimulante.
Aos colegas do Instituto Histórico e Geográfico/DF, da Academia de Letras do Brasil e da ANE.
Aos amigos fieis que me honram com sua visita a esta pagina
As árvores e as águas do Sítio das Neves, deusas que sustentam minha vida.
A Aldebarã que ilumina minhas noites.
A todos que viajam comigo a bordo do planeta Terra, dedico o
PASSATEMPO
Apoiado à janela,
Esperei o tempo passar.
Vi passarem centenas de carros.
Vi ônibus lotados passarem.
Vi a menina caminhando
E, trotando ao lado,
Um pequeno cão feliz.
Não vi passar o tempo.
Vi um pássaro voar.
Vi o Sol se pôr.
Vi Aldebarã brilhar.
Não vi o tempo passar.
Assim, passam os dias.
E o tempo não vi passar.
O tempo, sem passar,
Ficou no passado.
Volto ao passado.
Conto os dias e os anos do tempo.
O tempo, hoje, são 87 anos.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

JUIZ PARCIAL

 CAROS AMIGOS

Para compreender:
Que autoridade jurídica tem um ministro do Supremo Tribunal Federal para determinar a parcialidade de um juiz sem intimá-lo a se defender da acusação?
Por que esse ministro não declarou parciais os dez juízes que em segunda e terceira instâncias confirmaram a sentença do primeiro juiz?
Mistérios da justiça. O Brasil não tem acusados, nem indiciados, nem criminosos. Só tem pacientes!!
Agradeço comentários e data venia.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

RAIZES - CÉREBRO DAS ÁRVORES

 

RAIZES - CÉREBRO DAS ÁRVORES

 

O cérebro oculto das árvores, envolto no silêncio da terra, comanda diligentemente toda a continuidade da vida.

A trama e a circunvolução das raízes buscam alimento em todas as direções do solo. O laboratório vegetal, em ação dia e noite, transforma os elementos nutritivos, água e minerais, em seiva.

As raízes, inteligência oculta das árvores, administram seiva a cada galho, a cada ramo, a cada folha em alturas de até 30 e 60 metros. Controlam a galhada para que a árvore colha, aos quatro lados, a luz, o carbono, o ar.

Que força é essa capaz de bombear a seiva a cada galho, a cada folha a 30 ou 60 metros de altura?

O laboratório radicular das árvores acompanha com sensores autorreguláveis as informações da natureza, a luminosidade, as horas do dia e da noite, os amanheceres e os entardeceres, as variações de temperatura e os períodos de chuva.

Nesse laboratório, entra carbono e sai oxigênio.

Sem sair de casa, as árvores veem suas irmãs, amigas ou desconhecidas instaladas ao redor e a todas estendem-lhes os braços e as acariciam, sem inveja, sem avidez.

A beleza e arte das árvores têm o toque da simplicidade, da inocência e da fraternidade. A desigualdade, num aglomerado de árvores pequenas, grandes, finas ou grossas, floridas e frutíferas, está nas diferentes espécies e nas diferenças orgânicas que a natureza programa e configura.

São as diferenças entre a mesma espécie de árvores e a de espécies diferentes que tornam artística e bela a desigualdade da floresta.

As árvores e todos os seres vivos têm a mesma genealogia e por isso constituímos a irmandade universal. Somos todos irmãos descendentes da mesma célula original e todos lutamos pela vida em busca da felicidade.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

A SELVA DESTRUÍDA E ABANDONADA

 

A SELVA DESTRUÍDA E ABANDONADA

 

Os grandes conflitos que atormentam a espécie humana, com poucas soluções à vista, têm uma de suas causas o ter destruído irresponsavelmente grande parte da selva e ter saído dela. Não deveria ser orgulho patriótico de nenhum chefe de Estado da América Latina ter desflorestado 713 milhões de hectares entre 1985 e 2018 (PESQUISA Fapesp, Menos florestas, Mais agropecuária, no. 304, junho 2021), para produzir metade da soja consumida no planeta e abrigar o maior rebanho de bovinos do mundo. Esta imensa área modificada representa um obstáculo quase intransponível para o funcionamento e a regeneração dos ecossistemas. CRISE HÍDRICA!?

Temos raiva, ódio, antipatia, vergonha da natureza, origem de todos os seres vivos, entre eles a espécie humana? Olá, Freud, Jung, Lacan!!!

 

10.6.2021

  

RETRAÇÃO DAS CHUVAS,

 

RETRAÇÃO DAS CHUVAS,

 

Chegamos, com a retração das chuvas, ao ponto alto da indiferença e da insensatez. Diante da chamada crise hídrica, todas as atenções se voltam para as fontes alternativas de energia. Energia elétrica é prioridade para mover indústrias, agricultura, comércio, residências, aparelhos eletrônicos que são, ao mesmo tempo, canais incansáveis de poluição das águas, da terra e do ar. O Brasil é rico em rios que poluem o oceano que nos cerca. Com ou sem chuva, em Brasília, jogamos aos córregos, rios e lagos mais de 700 milhões de litros diários de água suja.

Todos sabem onde estão as represas, os reservatórios águas abaixo. Poucos se lembram onde mora o olho d’água, águas acima, que enche as Itaipús e as Três Marias. A água é vida, mas fica por conta do tempo. Sintomático. A vida, em segundo lugar. A água é tratada como um recurso. Vida não é um recurso. É a essência da ação. A escassez de água, no Brasil e no mundo, é vítima de nossa indiferença. Não há água sem mananciais, sem florestas, sem amor pela fonte da vida.

 

Água limpa de olho d’água protegido. Sítio das Neves. (Foto: Eugênio Giovenardi

9.6.2021


 

domingo, 6 de junho de 2021

DIA DA ECOLOGIA.

 DIA DA ECOLOGIA.


Um olhar sobre nossos ecossistemas. Alguns protegidos. A maior parte deles persistentemente degradados. A forma moderna para degradar os ecossistemas é o lixo, a poluição do ar e das águas com centenas de poderosos pesticidas e biocidas usados nas cidades, dentro de nossas casas, na produção e distribuição de alimentos.
A melhor forma de proteger os ecossistemas e receber deles o apoio à nossa saúde é usar os elementos defensivos encontrados na biodiversidade que eles criam.
Quem protege as árvores e as águas, eliminando o uso de biocidas, também ditos pesticidas e agrotóxicos, merece o prêmio da paz vegetal. É a receita mais limpa para a regeneração dos ecossistemas que geram seus antídotos naturais.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

ANTES DA INDEPENDÊNCIA

 ANTES DA INDEPENDÊNCIA

José Bonifácio de Andrada e Silva, se vivesse hoje, estaria abalado com as atitudes desastrosas do funcionário que ainda ocupa o Ministério do Meio Ambiente.
O Patriarca da Independência manifestava indignação contra a degradação ambiental inaugurada no Brasil Colônia: “Destruir matos virgens, como até agora se tem feito no Brasil (1821), é extravagância insofrível, crime horrendo e grande insulto feito à natureza”.
Escreveu José A. Pádua sobre José Bonifácio: Ele teve contato direto com o processo de construção do conhecimento ilustrado sobre o que chamavam de ‘sistema da natureza’. (Fonte: Revista PESQUISA FAPESP, N. 298)
A matança de nativos, a extração de minerais, o desmatamento, a queima da Amazônia e a garimpagem criminosa fazem parte do mesmo ideário insensato que se quer consolidar duzentos anos.
Em ECOSSOCIOLOGIA – RELAÇÕES HOMEM/NATUREZA, ofereço gratuitamente aos interessados algumas contribuições para o conhecimento e conversa com a natureza. Tel 61 9 99 81 28 07. Face Book, e-mail eugeniogiovenardi@gmail.com
Pode ser uma imagem de ao ar livre, árvore e texto que diz "ECOSSOCIOLOGIA RELAÇÕES HOMEM/NATUREZA HOMEM/ SEGUNDA EDIÇÃO REVISADA E AMPLIADA EUGÊNIO GIOVENARDI"
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