quarta-feira, 24 de junho de 2015

PAQUISTÃO


Resultado de imagem para seca no nordeste


Paisagem cada dia mais comum no planeta Terra: Paquistão, São Paulo, Bahia, Pernambuco, México.


O calor de 45 a 48 graus já matou mais de 700 pessoas no Paquistão, fato previsto no livro CONTAGEM REGRESSIVA (Alan Weisman). É o resultado do desmatamento e do uso de aquíferos para produzir arroz e que está secando o Indo, principal rio do país. Pior, a população estimada para as próximas décadas é de 500 milhões de paquistaneses ameaçados pela fome e pelo calor. O Cerrado e o DF, segundo estatísticas oficiais, estão no mesmo caminho e estamos longe de acordar.


terça-feira, 16 de junho de 2015

TRABALHO ESCRAVO


O trabalho dignifica, dizia-se muito antigamente.

Perguntei a uma dezena de pessoas por que vão trabalhar
Com tanta beleza no universo para uma curta vida, a espécie humana está aceitando conformada uma nova forma cruel de escravidão trabalhista.


. Com exceção de uma resposta de aposentado, fazendo bico para levar a neta à Disney, as demais tinham como motivação: 24 a 36 prestações do carro, o colégio das crianças, o seguro saúde, a conta da luz e da água, os impostos anuais, o transporte, o supermercado.

sábado, 13 de junho de 2015

MUDAR PARA MUDAR



A evolução da espécie humana se fez em longas e difíceis caminhadas. A história está repleta de êxodos. Há que abrir caminhos para sobreviver.
Os sinais, os alertas, os alarmes e os fatos climáticos já soaram. Ou mudamos o rumo de nossas relações com a natureza ou seremos mudados. A mudança começa enchendo as ruas de cidadãos convencidos de seu poder e impelidos pela liberdade de escolher.
Se milhões de trabalhadores decidem se dirigir a seus postos de trabalho a pé, em bicicleta ou ônibus, vindos do Plano Piloto, Valparaíso, Santa Maria, Samambaia ou Sobradinho, sem medo de que lhe cortem o ponto, a era do combustível fóssil começa a mudar.
Se milhares de funcionários públicos decidem ir aos ministérios, autarquias, empresas públicas e bancos a pé, em bicicleta ou ônibus sem medo de não completar relatórios e pareceres inócuos, a era do combustível fóssil começa a mudar.
Deputados, senadores e ministros, para não serem vaiados, irão a seus gabinetes a pé, em bicicleta ou ônibus sem medo de atrasar discursos ou propor leis que não pegam. A presidente do país irá de bicicleta ao Palácio do Planalto assinar os projetos de lei que mudam o rumo dos investimentos. A classe política e a elite empresarial sentirão nos pés a necessidade de propor mudança no rumo dos investimentos.
A multidão silenciosa recuperará o espaço que milhares de carros lhe usurparam para enterrar em vias, viadutos e estacionamentos o dinheiro que falta à educação, à saúde e ao bem-estar.

A mudança começa ao tomar as ruas de todas as cidades com liberdade e poder coletivo.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

COP/21 – PARIS 2015


COP - Conferência das Partes

Só a mobilização massiva da população pode nos despertar para a gravidade climática que vivemos. Essa mobilização ajudará a nos preparar para as duras mudanças que se gestam no planeta e que afligirão cruelmente nossos netos e bisnetos.
Serão ações drásticas da mesma intensidade das que estão deteriorando o planeta. 
A resistência dos escravos, dos antirracistas, das feministas, das vítimas da discriminação sexual tem que alimentar a mobilização de massa.
A era do combustível fóssil domina as decisões políticas e econômicas e escraviza a espécie humana em todos os continentes.
É preciso libertar-se dela.
Amanhã, sugerirei uma proposta que, certamente, não aparecerá na COP/21.


quinta-feira, 11 de junho de 2015


Resultado de imagem para cidades adensadas




A INVASÃO URBANA, também dita urbanização.

O espaço físico de um bioma, no qual convivem milhares de espécies vivas, é limitado em área e em capacidade de alimentar seus habitantes.
Diferentemente de outras espécies, a população humana tende a se expandir de forma ilimitada. Pressiona o espaço e se espraia sobre ele de várias formas.
A ocupação dos espaços, sem critérios ecológicos de urbanização, como acontece no DF, desrespeita os cursos de água, a vegetação nativa e o habitat da fauna. Empobrece o bioma.
Altera a convivência social. Acirra a competição. Dificulta a cooperação entre os seres humanos e a natureza.
Cria obstáculos quase insuperáveis à mobilidade e à prestação de serviços básicos.
Uma política de planejamento urbano deve incluir critérios de rigorosa limitação da ocupação do espaço segundo sua capacidade física e natural.
O adensamento pode ser uma solução para a preservação do bioma com a condição de limite de população que demandará água, energia, saneamento, transporte público, escolas, postos de saúde, teatros, museus, pontos de abastecimento, locais de trabalho. Adensamento está sendo confundido com entupimento urbano. Modernos aviários humanos.

O aspecto holístico está totalmente esquecido no planejamento e na execução urbana.

domingo, 7 de junho de 2015

O RETORNO DAS ÁGUAS

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(Foto: Construção de barragem de pedras para contenção de águas pluviais. Sítio das Neves.)


Em 2005, percebendo as dificuldades futuras do acesso à água escrevi um pequeno livro – edição bilíngue – O RETORNO DAS ÁGUAS. Nele exponho como é fácil captar e deter água da chuva com a imprescindível presença das árvores para recarregar os aquíferos.
Por isso, falo pela água porque, no DF, a urbanização, o desmatamento e a monocultura calaram as águas.
Falo pelas árvores, vivas ou mortas, porque as motosserras, as construtoras, as queimadas e a população calaram as árvores.

O grito das nascentes e o grito das árvores anunciam a proximidade do precipício para onde o consumismo arrasta a espécie humana.