sábado, 24 de dezembro de 2011

SUICÍDIO COLETIVO

 A insistência e a repetição de graves acidentes de trânsito no Distrito Federal e outros estados do país revelam o inconsciente coletivo de uma tendência ao suicídio generalizado.
O Correio Braziliense, os jornais de outros estados e a TV mostram diariamente corpos feridos, mutilados, estraçalhados, carbonizados. As polícias rodoviárias alertam, fiscalizam, multam. Milhares de placas, semáforos, controles eletrônicos de velocidade, câmeras fotográficas, nada disso, nenhuma dessas restrições impede o desejo incontido do suicídio.
Os condutores de automotores, automóveis, motos possantes, ônibus e caminhões “pegam estrada” para morrer. Em nome de que causa gloriosa querem se suicidar?
O governo, representante e porta-voz de bancos e montadoras, está oferecendo, irresponsavelmente, todas as facilidades para incentivar o suicídio coletivo em nome da causa suprema: crescimento econômico do PIB.
O carro, transformado em sonho de sucesso é também o caixão mortuário da corrida desenfreada ao cemitério. O fascínio do velório como coroação do sonho. Por que 40 mil sonhadores, anualmente, escolhem as estradas para se suicidar? Eles não sonharam com o carro zero?
Qual é a razão verdadeira de transformar o sonho em paralisia, em morte, em funerais e lágrimas? Que sonho é esse?
A sociedade brasileira precisa urgentemente de um divã!

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