segunda-feira, 1 de março de 2010

LULA E GREVE DE FOME

O presidente Lula fala sem pensar e não tem tempo para pensar sobre o que fala. Seu grupo de assessores sorri e balança a cabeça em sinal de afirmação. Eles estão ali para justificar o que o chefe diz, não para pensar o que vai dizer.
Lula julga-se irrepreensível, acima de qualquer crítica e se oferece como exemplo a ser seguido. “Gostaria, sabe, que todos os governantes fossem como eu”. A quem se referia? A Obama, Sarkozi, Fidel Castro, Hugo Chavez?
Menosprezou a greve de fome que matou o preso político Orlando Zapata, argumentando que ele próprio se submetera a esse sacrifício, em outros tempos. “Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”. Preferiria talvez que se enforcasse como Herzog? Ou fosse condenado ao fuzilamento?
Não! Lula desistiu da greve de fome por não aguentar a fome e por principio de sobrevivência pessoal. Teve coragem de desistir da greve de fome e, portanto, é um herói, exemplo de brio e valor a todos os condenados. Os oprimidos, os presos políticos de qualquer regime deveriam agir como Lula. Não importam os anos de cárcere, nem as razões políticas e ideológicas ou o isolamento desumano a que milhares de presos são submetidos.
A propósito, não achei registros de que o presidente Lula, nesses 7 anos e dois meses de governo, tenha se pronunciado, em discursos oficiais, sobre as permanentes torturas nas prisões brasileiras, não obstante os relatórios da Anistia Internacional.
Lula não sabe que se tortura em nossas prisões.

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