As águas retardatárias das chuvas de abril invadiram o ninho de arquitetos, engenheiros e geógrafos da UnB. Não faltaram avisos nem previsões sempre atribuídas aos agouros de cassandras. Não faltaram preparativos projetados para que as águas chegassem aos porões do saber e da tecnologia.
Os prédios da UnB estão bem situados nas ordenadas e coordenadas para acolher milhões de litros de água caídos de repente. Os amplos estacionamentos impermeabilizados para conforto dos automóveis e as vias em declive são inteligentemente desenhados e adequados a armazenar e canalizar água para as profundezas do subsolo.
A UnB, com esse puxão de orelhas das leis físicas, operado pela última tormenta poderá desenvolver uma nova disciplina para as próximas gerações de engenheiros e arquitetos: a inteligentsia da água. Tenho certeza de que será útil para conduzir sabiamente a urbanização da metrópole e preservação do patrimônio cultural da humanidade.
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