quarta-feira, 13 de outubro de 2010

TIRIRICA

A eleição do palhaço Tiririca para deputado federal deixou o rei nu. A Constituição Brasileira faculta o voto aos analfabetos. Os argumentos referem-se à inclusão eleitoral de cidadãos que não tiveram oportunidade de freqüentar a escola, ao respeito à sua capacidade de discernimento, pois são pais de família, trabalhadores honrados, pagam impostos diretos e indiretos.

Podem, portanto, eleger doutores, sábios, políticos profissionais, empresários, mas a Constituição não permite que sejam eleitos. Os argumentos que servem para que eles elejam tal ou qual candidato que vai tratar de superávit primário, inflação, taxa de cambio, exportação de commodities e outros temas misteriosos, cerceiam sua participação na faina de preparar leis.

Para tomar decisões sobre o uso de nossos impostos, para discutir nossas leis, para promover o bem comum, para eliminar a corrupção na administração pública, prover escolas e equipar hospitais, o analfabeto precisa saber ler e escrever. Pede-se, então ao Titirica que escreva uma petição ao Tribunal Regional Eleitoral para comprovar que sabe escrever. Alguém viu a petição escrita por Lula ao mesmo TRE? Ou alguém já viu alguma coisa escrita por Lula, à exceção de sua assinatura nas MP’s?

Temos, diante da nudez do rei, duas democracias: a eleitoral que elege sábios, empresários, advogados, médicos e a democracia aristocrática que governa, no Brasil, mais de 60% de analfabetos funcionais e milhões de cidadãos que se dizem alfabetizados por saberem desenhar o nome.

Se não há discernimento nos analfabetos para serem eleitos como confiar no discernimento dos mesmos analfabetos para elegerem Sarney, Collor, Barbalho, Calheiros, anões, mensaleiros, meieiros, bolseiros e cuequeiros?

Eis aí uma das razões porque Marina Silva teve mais de 20 milhões de votos.

È desse atraso que o Brasil tem que sair.

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