segunda-feira, 4 de outubro de 2010

3 DE OUTUBRO, 2010

Apesar das previsões e sondagens dos Institutos de Pesquisa, que forçavam a vitória de Dilma no Primeiro Turno, os eleitores surpreenderam, diante da urna, aos mais confiantes. Percebia-se essa tendência geral de jornalistas, analistas políticos e especialistas de aceitar os dados extraídos dos levantamentos científicos dos Institutos e impor o sucesso da apadrinhada de Lula.

Chegava a ser enfadonho ler todos os dias essas opiniões de quem tem coluna cativa em jornais sobre a certeza da vitória da candidata fabricada nas oficinas do Palácio do Planalto.

Conhece-se mal o povo e, às pressas, tomam-se números como verdades. O pensamento do povo é um caleidoscópio. Diaristas, empregadas domésticas, vigilantes, zeladores, choferes de taxi, comerciantes de frutas, cabeleireiros, garis, jornaleiros, balconistas, bancários, sindicalistas, desempregados, feirantes e uma dezena de outras profissões formais e informais, com distintos acessos à informação compõem um mosaico irregular na forma e nos ingredientes. Nem sempre o que dizem é o que pensam. Cores, traços, tamanho, circunstâncias de clima e pressão torna frágil e difícil assentar esse azulejo. O brasileiro tem sangue índio e árabe. Olha, escuta, ri e faz o que melhor lhe apetece.

Hoje, é possível duvidar da cantilena mil vezes entoada e divulgada em todas as sondagens de opinião sobre a estabilidade econômica e a felicidade geral da nação que atribui ao senhor Lula 80% de aprovação.

As previsões generalizadas de vitória de Lula no primeiro turno com o pseudônimo de Dilma fracassaram. No Distrito Federal, às portas do Palácio do Planalto, diante das barbas do maior presidente que este país conheceu, os eleitores preferiram Marina Silva.

Há outros objetos voando no ar além dos aviões de carreira e do aerolula.

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