CONTAR
PARA VIVER
IGNORÂNCIA ECOLÓGICA
O
Lixão da Estrutural acabou, mas o lixo continua espalhado pela cidade, em
contêineres contaminados, nas ruas, à beira das rodovias, nos córregos.
O
Lixão representou, por 60 anos, nossa generalizada ignorância ecológica.
Planejadores urbanos que idealizaram nossa cidade, administradores
descompromissados com a coisa pública, cidadãos da capital da república caímos
na arapuca do crescimento urbano.
Sem
contar o dejeto invisível que sai de 3 milhões de vasos sanitários, produzimos,
no DF, 1.800.000 kg de lixo por dia, mais de 600 gr por pessoa Um terço desse
lixo é comida jogada por restaurantes, hospitais, escolas, cozinhas familiares,
equivalente a 600.000 kg por dia. Essa comida desprezada seria suficiente para
alimentar 1.200.000 pessoas/dia. E queremos acabar com a pobreza. Sabe-se que
os catadores do Lixão recolhiam parte da comida que os alimentava. Supõe-se que
não comam mais os restos de comida, mas continuarão sendo os escravos de nosso
lixo porque o valor agregado da reciclagem e a tecnologia industrial ficam em
outras mãos.
Aponto três falhas estruturais da construção de Brasília: a) não se definiu a coleta
de lixo urbano; b) não se previram alternativas de esgotamento pluvial e captação
das águas da chuva; c) soterraram-se centenas de olhos d’água nos loteamentos
urbanos com tremendo impacto sobre o abastecimento de água.
Pensaremos,
agora, na seleção e classificação do lixo, na interdição de lixo à beira de
rodovias, no vergonhoso desperdício de alimentos e na proteção dos mananciais?
Um comentário:
Senhor Eugenio oreo compartilhar em minha pagina do Face com sua permissão!
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