(Foto: Estadão)
CONTAR PARA VIVER
POPULAÇÃO E ÁGUA
Tenho insistido em meus escritos sobre a relação íntima
entre crescimento da população e escassez de água.
José Galizia Tundisi, um dos
especialistas confiáveis no assunto, em seu livro AGUA no século XXI, escreveu:
“A história da água sobre o planeta Terra é complexa e está diretamente relacionada
ao crescimento da população humana, ao grau de urbanização e aos usos múltiplos
que afetam a quantidade e a qualidade.”
Todos nós usamos água para diversas atividades. As principais
categorias que envolvem o uso de água em nossa vida econômica e social são:
agricultura (irrigada e pecuária), consumo doméstico (residencial ou
profissional), consumo industrial, comercial, urbano e geração de eletricidade.
A disponibilidade de água por habitante, no DF, para
suas múltiplas atividades, diminui ano a ano. A vazão de água, no DF, informada
pela Caesb, é de 9m3 por segundo, ou 7,9 bilhões de litros/dia.
Em 1970 a pop. era de 540 mil habitantes e, a
disponibilidade de água, de 14.700 litros/dia/hab.
Em 2000, a pop. era de 2,0 milhões e, a
disponibilidade, de 3.900 l/dia/hab.
Em 2018, a pop. é de 3,0 milhões e a disponibilidade
baixou para 2.600 l/dia/hab. Sete vezes menos.
A cada ano, o DF recebe 40 a 50 mil novos habitantes
que disputam o mesmo volume de água. Ou menos gente, ou menos consumo de água,
sem deixar de protegê-la.
10.1.2018
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