Li
a matéria no CB, relacionada com a DF-140 e os 900 mil habitantes que serão
instalados ali, em dez anos, dizem. Não acredito em datas dadas pelo governo. É
uma área grande, 17 mil há, que foge à capacidade de planejamento dessa turma
congregada em torno de interesses econômicos e políticos públicos e privados,
nada democráticos. Penso até que o projeto já está pronto e esse seminário
convocado é apenas para legitimar o que se chama de participação da sociedade
civil.
O que me embaraça é a mediocridade desse pau-mandado que dirige
a Sedhab. Palavras dele: "O que estamos fazendo no DF é inédito. Estamos
planejando uma região toda, por isso o seminário é importante para estabelecer
as diretrizes de ocupação".
Dos 17 mil ha, 12,5 mil ha são edificáveis.
Como é que a Sedhab vai planejar a região toda se existem na
área 350 proprietários, Luiz Estevão com 2,6 mil ha e a Terracap com 20% da
área?
Se colhessem a experiência do projeto La Villette (Norte de
Paris) com 25 ha, primeiro: fariam a desapropriação global da área; segundo:
definição de 60% de área verde para oxigenação do espaço, lazer e proteção
ambiental; terceiro: demarcação dos cursos de água, nascentes, matas ciliares,
etc. quarto: urbanização do espaço com todos os serviços necessários,
principalmente o que permite a mobilidade da população para todas as direções,
próximas e distantes.
Como é que o Instituto Chico Mendes pode se pronunciar sobre as
terras de Luiz Estevão se paga aluguel de um imóvel que pertence ao senador
cassado?
"A sua opinião é muito importante para nós!"
Os nomes que figuram na lista de autoridades do seminário em
questão me desanimaram.
São os mesmos de Águas Claras e Noroeste.
É de arrepiar o cidadão. O
projeto é um fato consumado. Vivemos numa ditadura democrática, administrativa
e econômica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário