segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ESTÁBULOS DO REI ÁUGIAS

Os ministérios do governo, encarregados de administrar a coisa pública, traduzida por execução de atividades e obras por meio de aplicação de grandes somas de dinheiro se parecem com os Estábulos do Rei Áugias. A imundície e o insuportável odor resultante da corrupção da moral e da ética profissional vêm se acumulando incolumemente durante dezenas de anos. O esterco produzido pela digestão de polpudos orçamentos parece desafiar as forças e as energias de presidentes, de tribunais e da polícia.
A imundície e o insuportável odor estão exigindo a presença de um Hércules. Infelizmente, o Planalto Central não dispõe de um rio suficientemente caudaloso a ser desviado para dentro dos 36 ministérios. Por cúmulo do azar, as águas do Lago Paranoá, além de minguadas, estão igualmente contaminadas por dejetos sólidos e líquidos dos administradores do Distrito Federal que, nos últimos 15 anos, não consegue se livrar do fedor das cloacas legislativas, executivas, judiciárias e partidárias.
O fedor é insuportável. Haja Hércules e rios para limpar tanto esterco.

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