terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011




Nos primeiros dias deste ano que tem dois uns no fim, desfrutei da quietude do Sítio das Neves, meu refúgio onde o silêncio parece caminhar por entre as árvores. Fiquei algum tempo olhando para os números do ano 2011. Poucos de nós tivemos um número com dois uns ao final e poucos verão outro ano terminado assim. O próximo será 2111. Não estarei lá e desejo boa sorte aos que amanhecerem naquele ano.
Voltando ao Sítio das Neves, as águas caíram abundantes no começo deste ano. Milhões de litros de água pura sobre árvores limpas e sobre o chão coberto de flores amarelas, azuis e roxas. Descobri, caminhando pelos campos, o que todos querem e desejam para os outros neste 2011. Encontrei a felicidade vegetal. A natureza feliz, Eu, feliz.
Estou praticando um trabalho, em meu Sítio, cuja parceira é a natureza, fauna e flora. Barragens de pedra e barragens castor (com madeira seca e terra de cupim) para deter e conter as águas da chuva, em pequenos lagos, dentro do Sítio. Se houvesse uma política pública de preservação e conservação do Cerrado com base na contenção e detenção das águas da chuva com pequenas barragens de engenharia simples e barata, em poucos anos tudo se coabriria de verde e brotariam novas nascentes,.
Em vez disso, com o superpovoamento urbano, tolera-se e até se estimula a invasão e ocupação desordenada do solo, arrasando a terra e fazendo desertos em série ao longo dos cursos dos rios.
Os organismos públicos de meio ambiente poderiam criar milhares de empregos com pessoas sem profissão definida que aprenderiam essas técnicas fazendo barragens que os romanos ensinaram há 3.000 anos para transformar desertos em jardins.
No meu Sítio está dando certo. Por que não daria certo no terreno de meu vizinho e em milhares de propriedades sobre as quais cai chuva abundante e se perde porque ninguém sabe recolhê-la?

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