RAIZES - CÉREBRO DAS ÁRVORES
O cérebro oculto das árvores, envolto no silêncio da
terra, comanda diligentemente toda a continuidade da vida.
A trama e a circunvolução das raízes buscam alimento
em todas as direções do solo. O laboratório vegetal, em ação dia e noite,
transforma os elementos nutritivos, água e minerais, em seiva.
As raízes, inteligência oculta das árvores,
administram seiva a cada galho, a cada ramo, a cada folha em alturas de até 30
e 60 metros. Controlam a galhada para que a árvore colha, aos quatro lados, a
luz, o carbono, o ar.
Que força é essa capaz de bombear a seiva a cada
galho, a cada folha a 30 ou 60 metros de altura?
O laboratório radicular das árvores acompanha com
sensores autorreguláveis as informações da natureza, a luminosidade, as horas
do dia e da noite, os amanheceres e os entardeceres, as variações de
temperatura e os períodos de chuva.
Nesse laboratório, entra carbono e sai oxigênio.
Sem sair de casa, as árvores veem suas irmãs, amigas
ou desconhecidas instaladas ao redor e a todas estendem-lhes os braços e as
acariciam, sem inveja, sem avidez.
A beleza e arte das árvores têm o toque da
simplicidade, da inocência e da fraternidade. A desigualdade, num aglomerado de
árvores pequenas, grandes, finas ou grossas, floridas e frutíferas, está nas
diferentes espécies e nas diferenças orgânicas que a natureza programa e
configura.
São as diferenças entre a mesma espécie de árvores e
a de espécies diferentes que tornam artística e bela a desigualdade da
floresta.
As árvores e todos os seres vivos têm a mesma
genealogia e por isso constituímos a irmandade universal. Somos todos irmãos
descendentes da mesma célula original e todos lutamos pela vida em busca da
felicidade.
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