RETRAÇÃO DAS CHUVAS,
Chegamos, com a retração das
chuvas, ao ponto alto da indiferença e da insensatez. Diante da chamada crise
hídrica, todas as atenções se voltam para as fontes alternativas de energia.
Energia elétrica é prioridade para mover indústrias, agricultura, comércio,
residências, aparelhos eletrônicos que são, ao mesmo tempo, canais incansáveis de
poluição das águas, da terra e do ar. O Brasil é rico em rios que poluem o
oceano que nos cerca. Com ou sem chuva, em Brasília, jogamos aos córregos, rios
e lagos mais de 700 milhões de litros diários de água suja.
Todos sabem onde estão as
represas, os reservatórios águas abaixo. Poucos se lembram onde mora o olho
d’água, águas acima, que enche as Itaipús e as Três Marias. A água é vida, mas
fica por conta do tempo. Sintomático. A vida, em segundo lugar. A água é
tratada como um recurso. Vida não é um recurso. É a essência da ação. A
escassez de água, no Brasil e no mundo, é vítima de nossa indiferença. Não há
água sem mananciais, sem florestas, sem amor pela fonte da vida.
Água limpa de olho d’água
protegido. Sítio das Neves. (Foto: Eugênio Giovenardi
9.6.2021
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