domingo, 29 de novembro de 2015

BIODIVERSIDADE E MONOCULTURA


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(Não corte! Plante árvores!)

BIODIVERSIDADE E MONOCULTURA

Água e plantas são as raízes da biodiversidade. Com abundância de água e intensidade vegetal, a biodiversidade se ativa, se regenera e se multiplica.
A devastação do Cerrado e a consequente diminuição da água são o começo do deserto. Deserto e biodiversidade são antagônicos. A vazão do Rio São Francisco passou do conhecido volume de 3.000 m3 por segundo para os atuais 900 m3. Milhões de árvores tombaram e a principal nascente secou em 2014.
Essa forma eficaz de produzir desertos iniciou-se há 10 mil anos. A substituição de florestas por campos de cereais e a domesticação de animais inauguraram a era das monoculturas. E a mais desastrosa das monoculturas para a ecologia planetária é a da espécie humana.
Outra forma atualíssima de desertificação é a urbanização crescente para abrigar a monocultura humana. A população do Distrito Federal passou de 140 mil em 1960 para 2,9 milhões em 2014. Nascem 120 crianças por dia no DF e a população é acrescida anualmente de 45 mil novos habitantes, o equivalente a um Núcleo Bandeirante. É uma das razões do caos administrativo da cidade. Milhões de árvores deram lugar a casas e milhares de nascentes foram soterradas e extintas. O lixo se espalha por toda parte.
Onde se associam a monocultura vegetal, a animal e a humana, a biodiversidade diminui e a esterilidade ambiental se estabelece.
O desequilíbrio ecológico e ambiental afeta a interdependência dos seres vivos. Os predadores naturais, que garantem o equilíbrio biológico, são extintos. As bactérias e os vírus mais destemidos assumem o poder. O mosquito da Dengue espalhou por vários estados do Brasil o alerta da microcefalia.
No Distrito Federal, a monocultura é representada pelo superpovoamento humano e pela urbanização devastadora que são também causas da desigualdade ecológica com a extinção de espécies vivas.
O crescimento zero da economia, a racionalidade do consumo de bens oferecidos pela natureza e o caminho da prosperidade com preservação ambiental só são possíveis com o crescimento zero da população. Com menos população é mais fácil conservar as florestas, ter acesso à água e melhorar a qualidade de vida urbana.
Quer fazer?
Limitar criteriosa e severamente as áreas urbanizáveis do DF e apoiar um rígido e democrático planejamento familiar entregue à organização competente de mulheres.
Reorientar as empresas agrícolas e cooperativas para o uso de tecnologias de produção de baixo consumo de água e zero uso de produtos químicos tóxicos no cultivo de cereais preservando cortinas ou corredores vegetais nativos para assegurar a recarga dos aquíferos.
Desestimular a bovinocultura extensiva em razão dos danos causados ao solo do cerrado pelo pisoteio do gado e por serem as pastagens ineficientes na recarga dos aquíferos. O Planalto Central não é apropriado a grandes rebanhos e seu solo se esgota com animais consumidores de bilhões de metros cúbicos de água.
Dessa maneira, ataca-se a origem da desertificação e privilegia-se a biodiversidade, ao mesmo tempo especial e generosa, deste berço das águas.
As creches, as escolas, as universidades, as praças, os parques e as ruas são o espaço natural para se comprometer com o GRITO REVOLUCIONÁRIO DO SÉCULO 21: PLANTAR ÁRVORES!                                    29.11.2015




De Olavo Bilac

Velhas árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores mais moças, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!


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