quinta-feira, 19 de novembro de 2015

ÁGUA LIMITADA



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Para onde caminha o planejamento e a gestão da água que temos no DF e arredores?
Destaco três elementos fundamentais para esse trabalho administrativo que envolve a sociedade civil e os administradores delegados por ela para aplicar os impostos e o dinheiro arrecadados em favor da coisa pública.

População

População é a razão de ser da administração pública. É ela, em nossa organização social e econômica, que oferece os meios financeiros para criar as condições de sobrevivência, reprodução e convivência social com o objetivo de trazer felicidade à espécie humana.
O aumento quantitativo da população está diretamente ligado à quantidade e variedade de alimentos que podem ser obtidos da natureza. Esses bens e riquezas naturais – água e alimentos – são limitados. Esses limites naturais indicam limites na reprodução de todos os seres vivos. Interdependência de todos os seres vivos – plantas e animais - é uma lei da natureza. Quando esta lei é rompida, todos os seres vivos são solidariamente afetados.
Está implícita na execução biológica de todos os seres uma taxa variável de reprodução. A taxa de reprodução pode ser intensa, em determinadas circunstâncias e precisa ser controlada em outras condições de escassez de bens naturais.
Tendo como critério a precedência ecológica – limites de bens e riquezas naturais – o crescimento da população humana, em todas as regiões do planeta, precisa ater-se à taxa simples de reposição. A taxa de crescimento demográfico não pode ser, hoje, igual à de épocas em que a abundância de bens convidava à reprodução generosa. Uma taxa de crescimento, hoje, acima da simples reposição, amplia a necessidade de maior ocupação dos espaços e intenso uso de bens e riquezas naturais.
A água é um dos elementos vitais mais frágeis da natureza e dela depende a sobrevivência e a reprodução de todas as espécies vivas. Não é igualitário nem democrático o acesso à água. A gestão pública e privada da água é discriminatória. Para planejadores e gestores a ecologia, na prática, está subordinada à economia. O racional é inverter a ordem do planejamento e da gestão dando precedência à ecologia como determinadora do que pode ser feito segundo o princípio da precaução.
(Continua no próximo número)

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