segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ESSE DEUS NÃO EXISTE



Estarrecida com a autodemissão de Bento XVI, a curiosidade de católicos e não católicos aponta para o que vai mudar com a chegada do novo papa. As pessoas querem mudanças. Isto é bom.
Como simples partícula do universo, proponho ao novo papa uma afirmação corajosa. Uma só.
Diga, em seu primeiro pronunciamento da janela do Vaticano, apenas isto:
Que não existe esse Deus que criou o céu e o inferno.
Que esse Deus, que dá saúde para uns e doenças para outros, não existe.
Que esse Deus, que conserta finanças mediante boletos bancários, levanta empresas falidas, dá emprego a quem paga o dízimo a espertalhões e presenteia a família com carro importado, não existe.
Que esse Deus, que opera milagres para curar um câncer e não se ocupa de milhares de cegos, não existe.
Que esse Deus, em nome de quem se declaram guerras contra a vida no planeta, não existe.
Que esse Deus, que precisa de um CD, de um copo de água, de uma prece, de uma canção para o regresso da pessoa amada ou extinção de enxaqueca depressiva, não existe.
Que esse Deus, em nome de quem se constroem templos, amontoam-se riquezas pessoais, engordam-se contas bancarias e se transforma religião em mercadoria, não existe.
Que esse Deus, em nome de quem o papa se diz infalível, não existe.
Se esse Deus existe, então tudo continuará igual em qualquer religião.

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