Brasília
tem ciclovias. É uma dignificante iniciativa. Terá 600 km de ciclovias dentro
de alguns meses ou anos. Falta combinar com os ciclistas para as utilizarem. Os
pedestres, com isso, ganharam calçadas novas ao lado das antigas malcuidadas.
As
bicicletas foram inventadas antes das ciclovias. No Brasil, é diferente. Antes
de mais nada, uma decisão política com sabor eleitoral oferece 600 km de
ciclovias para um indefinido e imprevisível número de ciclistas.
No
Brasil e em Brasília, quando os administradores, finalmente, executam, com
quarenta anos de atraso, alguma obra que torna mais cômoda a vida do cidadão, o
fato aparece na imprensa como um modelo para o mundo. Produto de exportação. As
ciclovias de Brasília já são, nas entrevistas de geniais administradores, um
modelo para estados brasileiros e países emergentes.
Os
trechos estão incompletos. Os cruzamentos de vias não têm sinalização. Cortam calçadas
de pedestres sem aviso. De repente, interrompem-se e não se sabe se continuam
por terra ou se levantam voo.
Em
Helsinque, Finlândia, as ciclovias, há mais de 40 anos, são parte da calçada de
pedestre com sinalização. Pedestres numa banda, bikes, na outra. As travessias
se fazem nos semáforos quando o sinal vermelho detém ônibus, carros
particulares e bondes. Pedestres e bikes atravessam em segurança.
Nos
trezentos metros de ciclovias que ocupam a antiga calçada de pedestres, na extensão
da Quadra 406 Sul/L-2, desde sua construção há um mês, vi passar um ciclista a passeio.
Quando
o governo inventar um programa social tipo MOBILIDADE CARINHOSA, por meio de
uma Bolsa Bicicleta, as ciclovias brasilienses serão um modelo para a “sustentabilidade”do
planeta Terra.
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