Existe a sustentabilidade do crescimento econômico – também dito
crescimento sustentável – baseado na geração ou distribuição de renda para
consumir, viabilizando todo tipo de indústrias que produzem bens para serem
consumidos. É o atual programa econômico capitalista, neocapitalista,
capitalismo humano, capitalismo participativo cujo indicador é o PIB. O PIB se
tornou a referência filosófica, metafísica, política e norteadora da felicidade
e da igualdade de todos diante das gôndolas dos hipermercados, das agências de
automóveis ou balcões de aeroportos.
Há outra sustentabilidade baseada no equilíbrio da oferta
dos diversos e inumeráveis elementos da riqueza natural para satisfazer necessidades,
oferecer conforto e bem estar de quem os utiliza. Esta sustentabilidade depende,
hoje e sempre, do racional crescimento e do controle da expansão da população
e, ao mesmo tempo, um consumo racional e controlado dos bens extraídos da
natureza. O crescimento da população e o consumo de bens, todos estes extraídos
da natureza, têm que respeitar o ritmo e a velocidade da recuperação dos elementos
vegetais e minerais necessários à produção de alimentos e de bens necessários
ao conforto.
Atualmente, o sistema produtivo e o crescimento econômico
baseados no consumo compulsivo e intensivo impõem um ritmo de destruição não condizente
com a capacidade de recuperação da natureza. Esse crescimento é insustentável.
A mão humana, ao longo de milênios, é fazedora de desertos. Os
desertos de hoje eram as florestas de ontem, a maior parte delas derrubadas
pelo machado de pedra, de ferro, pela motosserra e por gigantescas máquinas.
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