ECONOMIA
ECOLÓGICA
ALTERNATIVAS
DE AÇÃO POLÍTICA
(TEXTO
PROVISÓRIO EM PROCESSO - CONTINUA)
As decisões econômicas
do G-20, imitadas pelo G-150, baseadas nas expressões estimulantes de
crescimento econômico, aumento do PIB, geração de emprego e melhoria da renda,
bolsas de valores, valorização de moedas, estão abrindo, de forma segura, a
avenida para o precipício profundo do impasse social e ambiental que aguarda a
humanidade em poucas décadas. As decisões em voga não extinguirão a pobreza ou
a desigualdade.
O acordo de
entendimento entre a espécie humana e a natureza – conjunto de bens e riquezas
à disposição da biodiversidade - deve
ser proposto e definido no menor prazo.
Todo o esforço precisa
se dirigir à preservação da biodiversidade. As decisões que comprometem e
dificultam a sobrevivência da biodiversidade devem ser evitadas observado o
princípio da precaução.
Aos que sentem faltar o
chão na política, aos que sonharam com utopias de esquerda, aos que perderam
suas armas de participação no jogo social, ou se desencantaram com o
progressismo, lembro o conselho de Fidel Castro à esquerda latino-americana na
Conferência do Clima Eco/92:
“Estilos de vida e de
consumo que arruínam o meio ambiente não devem mais ser transplantados para o
Terceiro Mundo.”
Pode-se construir uma plataforma de lançamento de
ações revolucionárias sobre alguns pilares:
· O planeta Terra é
pequeno e suas reservas para sustentar a biodiversidade (trilhões de vidas) são
limitadas. Consequentemente, o número de moradores desta casa também deverá ser
limitado em âmbito mundial.
·
A espécie humana
é a única entre todas as formas de vida que pode explorar, de forma predatória,
as reservas no solo, no subsolo (extrativismo), no ar, nas águas doces e
salgadas. É capaz de adaptar-se em qualquer região do planeta.
·
É provado que o
aumento numérico da espécie humana contribui diretamente na destruição de vidas
existentes no solo, no subsolo, no ar e nas águas doces e salgadas.
·
Igualmente, sua capacidade
de produzir alimentos implica na destruição de florestas, de habitantes
naturais de bosques, de reprodução de animais domésticos que também necessitam
espaços, abrigos, água e comida.
·
A destruição ou
extinção de espécies vegetais e animais de diferentes biomas do planeta, em
troca de outras espécies em benefício quase exclusivo da espécie humana, modificam o ambiente, mudam o clima, rompem o
sistema predatório natural, poluem as águas, afetam a saúde de toda a
biodiversidade.
·
O aumento do
consumo de bens naturais e de artefatos, necessários e supérfluos, está
diretamente relacionado ao crescimento da espécie humana, pelo estímulo econômico
ao consumo de bens em nome do conforto.
·
O estímulo ao
crescimento econômico – produzir mais para consumir mais – é uma corrida
irracional a caminho do esgotamento das reservas do planeta, comprometendo
energias e forças necessárias para diferentes atividades na área do
conhecimento e da sabedoria das pessoas.
· Observa-se que as
diferenças e as desigualdades são mais difíceis de serem administradas com
superpopulação mundial e superpovoamento regional. Os sistemas de acumulação,
distribuição e repartição das riquezas produzidas são complexos e sua
complexidade aumenta com a superpopulação. A competição para apossar-se das
riquezas tende a excluir os mais fracos e menos organizados.
· A urbanização
intensa, horizontal e vertical, em razão da superpopulação, é dominada por
máquinas de terra e ar, barulhentas e poluidoras. A remodelação das cidades é
medida de sabedoria humana. Todo o sistema de mobilidade deverá ser confinado
em corredores exclusivos, deixando a urbe para pedestres. Hoje, as pessoas são
vítimas de um ambiente propício ao ataque de nervos, de cansaço, de
agressividade, de limitação da liberdade, de doenças, de poluição do ar e das
águas. O conceito de convivência social se modificará com a separação dos
corredores de trânsito dos ambientes humanos.
·
Os avanços da
sabedoria da espécie humana, baseada em seus conhecimentos, pode garantir a harmonia
entre preservação das reservas naturais e a sobrevivência de todos os seres
vivos que formam a biodiversidade, cuja função é preservar a continuidade de
todas as espécies.
É prudente e urgente promover ações que expressem o
moderado uso das riquezas naturais, a amplitude do desenvolvimento cultural, a
radicalização da democracia, o compromisso inarredável com os direitos humanos,
sem discriminação, e exploração de alternativas sociais econômicas e ambientais
de respeito às leis naturais.
Ações
de curto prazo
Ações
de médio prazo
Ações
de longo prazo
2.1.2019
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