sábado, 5 de janeiro de 2019

ECONOMIA ECOLÓGICA


ECONOMIA ECOLÓGICA
ALTERNATIVAS DE AÇÃO POLÍTICA

(TEXTO PROVISÓRIO EM PROCESSO - CONTINUA)

As decisões econômicas do G-20, imitadas pelo G-150, baseadas nas expressões estimulantes de crescimento econômico, aumento do PIB, geração de emprego e melhoria da renda, bolsas de valores, valorização de moedas, estão abrindo, de forma segura, a avenida para o precipício profundo do impasse social e ambiental que aguarda a humanidade em poucas décadas. As decisões em voga não extinguirão a pobreza ou a desigualdade.
O acordo de entendimento entre a espécie humana e a natureza – conjunto de bens e riquezas à disposição da biodiversidade  - deve ser proposto e definido no menor prazo.
Todo o esforço precisa se dirigir à preservação da biodiversidade. As decisões que comprometem e dificultam a sobrevivência da biodiversidade devem ser evitadas observado o princípio da precaução.
Aos que sentem faltar o chão na política, aos que sonharam com utopias de esquerda, aos que perderam suas armas de participação no jogo social, ou se desencantaram com o progressismo, lembro o conselho de Fidel Castro à esquerda latino-americana na Conferência do Clima Eco/92:  
“Estilos de vida e de consumo que arruínam o meio ambiente não devem mais ser transplantados para o Terceiro Mundo.” 

Pode-se construir uma plataforma de lançamento de ações revolucionárias sobre alguns pilares:

·                 O planeta Terra é pequeno e suas reservas para sustentar a biodiversidade (trilhões de vidas) são limitadas. Consequentemente, o número de moradores desta casa também deverá ser limitado em âmbito mundial.
·       A espécie humana é a única entre todas as formas de vida que pode explorar, de forma predatória, as reservas no solo, no subsolo (extrativismo), no ar, nas águas doces e salgadas. É capaz de adaptar-se em qualquer região do planeta.
·       É provado que o aumento numérico da espécie humana contribui diretamente na destruição de vidas existentes no solo, no subsolo, no ar e nas águas doces e salgadas.
·       Igualmente, sua capacidade de produzir alimentos implica na destruição de florestas, de habitantes naturais de bosques, de reprodução de animais domésticos que também necessitam espaços, abrigos, água e comida.
·       A destruição ou extinção de espécies vegetais e animais de diferentes biomas do planeta, em troca de outras espécies em benefício quase exclusivo da espécie humana,  modificam o ambiente, mudam o clima, rompem o sistema predatório natural, poluem as águas, afetam a saúde de toda a biodiversidade.
·       O aumento do consumo de bens naturais e de artefatos, necessários e supérfluos, está diretamente relacionado ao crescimento da espécie humana, pelo estímulo econômico ao consumo de bens em nome do conforto.
·       O estímulo ao crescimento econômico – produzir mais para consumir mais – é uma corrida irracional a caminho do esgotamento das reservas do planeta, comprometendo energias e forças necessárias para diferentes atividades na área do conhecimento e da sabedoria das pessoas.
·             Observa-se que as diferenças e as desigualdades são mais difíceis de serem administradas com superpopulação mundial e superpovoamento regional. Os sistemas de acumulação, distribuição e repartição das riquezas produzidas são complexos e sua complexidade aumenta com a superpopulação. A competição para apossar-se das riquezas tende a excluir os mais fracos e menos organizados.
·                A urbanização intensa, horizontal e vertical, em razão da superpopulação, é dominada por máquinas de terra e ar, barulhentas e poluidoras. A remodelação das cidades é medida de sabedoria humana. Todo o sistema de mobilidade deverá ser confinado em corredores exclusivos, deixando a urbe para pedestres. Hoje, as pessoas são vítimas de um ambiente propício ao ataque de nervos, de cansaço, de agressividade, de limitação da liberdade, de doenças, de poluição do ar e das águas. O conceito de convivência social se modificará com a separação dos corredores de trânsito dos ambientes humanos.
·       Os avanços da sabedoria da espécie humana, baseada em seus conhecimentos, pode garantir a harmonia entre preservação das reservas naturais e a sobrevivência de todos os seres vivos que formam a biodiversidade, cuja função é preservar a continuidade de todas as espécies.
            É prudente e urgente promover ações que expressem o moderado uso das riquezas naturais, a amplitude do desenvolvimento cultural, a radicalização da democracia, o compromisso inarredável com os direitos humanos, sem discriminação, e exploração de alternativas sociais econômicas e ambientais de respeito às leis naturais.

Ações de curto prazo
Ações de médio prazo
Ações de longo prazo

2.1.2019

Nenhum comentário: