sexta-feira, 9 de maio de 2014

SEGURANÇA DA SOBREVIVÊNCIA



Parece difícil abandonar o cacoete da discussão generalizada e ideologizada sobre a condição de ricos e pobres. O sucesso da gestão econômica se mede pela riqueza física acumulada no corpo do Estado ou nas mãos de empresas privadas.
A preocupação das diferentes facções do neoliberalismo e neocapitalismo com tinturas de políticas sociais contraditoriamente se dirige ao enriquecimento cada vez maior do rico, com mais ou menos intensidade, e o empobrecimento relativo do pobre que patina na areia para sair da zona de turbulência e de segregação. Essa dicotomia está longe de terminar uma vez que as medidas econômicas favorecem a permanência desses dois blocos.
Nossa economia e seus condutores tateiam com ensaios, soluções improvisadas e justificativas, mas escorregam na compulsão do consumo para equilibrar o resultado dos investimentos sob a espada do PIB. Índices e curvas se multiplicam exacerbadamente para determinar quem ganha e quem perde na refrega obsessiva do crescimento econômico.
A posição ideológica sobre quem é mais rico ou menos pobre tem que evoluir para algo mais nobre e mais duradouro: a segurança da sobrevivência das pessoas e da espécie humana frente às limitações ecológicas para sustentar a vida inteligente no planeta.

Os indicadores de proteção à sobrevivência humana refletirão a distribuição equitativa e os limites da riqueza ecológica disponível à população mundial. Entre os principais indicadores estarão: emissão de gases de efeito estufa, água, áreas verdes, uso de agrotóxicos para produção de alimentos, geração de empregos verdes, ciência e tecnologia adequadas à sobrevivência.

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