Publico, neste espaço, carta do Prof. Carlos Appel, diretor da Editora Movimento de Porto Alegre. Sua opinião me é sempre conselheira quando acerto e quando erro. Sua franqueza faz parte de seu conhecimento literário e editorial.
Eugênio, saúde.
Passei ao Rubem, hoje, o texto que nos enviaste com o título de O mito da opção pelos pobres ou pobreza sustentável.
Já tinhas abordado este assunto de forma direta em Os pobres do campo, ensaio, 2003, portanto há dez anos, o que retomaste em Heliodora (romance, 2010), emSilêncio – com outra perspectiva (romance, 2011) e, emAs pedras de Roma (2009, romance), na ultrapassagem da Idade Média para a Renascença; além de discutir a cisão na igreja, analisas também a visão que a alta cúpula tem da pobreza e, até, da sua necessidade, para se manter séculos a fora.
O romance que vais lançar, agora, se inscreve no marco deste teu último e extraordinário artigo. Deverias tentar O Globo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Valor, Zero Hora e Correio Braziliense. Não custa enviá-lo, não é? Pois merece ser lido e servir de base a uma ampla reflexão e discussão dos aspectos que analisas.
Passarei teu artigo para meus amigos e conhecidos. Vão gostar.
Tua obra literária, iniciada lá em 1997, ainda será reconhecida nacionalmente.
Um abraço do
Carlos Appel
Porto Alegre, 05 de abril de 2013.
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