domingo, 11 de março de 2012

DEMOCRACIA

Há escritores que, se não soubéssemos de suas certidões de nascimento, diríamos que estão por aí, nos bares das esquinas ou em salões das bienais de livros.
Lima Barreto é um deles. Policarpo Quaresma parece viver seu triste fim em meio à corrupção generalizada de nossos políticos de direita, de centro e de esquerda. Eça de Queiroz, analista minucioso dos costumes políticos, ironiza o funcionamento da democracia como se convivesse com Sarneys, Jucás, Calheiros, Vaccarezas et caterva. Deixo aqui, para saborear, este pão de queijo literário:
“Nós vivemos numa democracia. E não há para exprimir a alegria simples, sólida e bonacheirona da democracia como largas poltronas de marroquim, e o mogno envernizado.” (Eça de Queiroz)

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