Há escritores que, se não soubéssemos de suas certidões de
nascimento, diríamos que estão por aí, nos bares das esquinas ou em salões das
bienais de livros.
Lima Barreto é um deles. Policarpo Quaresma parece viver seu
triste fim em meio à corrupção generalizada de nossos políticos de direita, de centro
e de esquerda. Eça de Queiroz, analista minucioso dos costumes políticos,
ironiza o funcionamento da democracia como se convivesse com Sarneys, Jucás,
Calheiros, Vaccarezas et caterva. Deixo
aqui, para saborear, este pão de queijo literário:
“Nós vivemos numa democracia. E não há para exprimir a
alegria simples, sólida e bonacheirona da democracia como largas poltronas de
marroquim, e o mogno envernizado.” (Eça de Queiroz)
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