sexta-feira, 13 de novembro de 2009

RAIO DA MENTIRA

O raio da mentira ou a mentira do raio?
O presidente não sabia de nada. Estava dividindo com alguns executivos o futuro dinheiro do pré-sal. Alguém entrou na sala e o avisou que 18 estados do Brasil estavam no escuro.
- Lobão, gritou o Lula, vá lá e diga que um raio caiu em cima de duas ou três torres no Paraná.
Lobão, que é Ministro de Minas e Energia, afilhado político do Sarney, que é quem governa o Brasil com o pseudônimo de Luiz Inácio, inventou de supetão que “causas atmosféricas de alto nível, fortes ventos e chuvas, precedidas de raios fulminantes cortaram o fluxo da energia elétrica”.
Doutoradas em astúcia, velhacaria e malandragem política, algumas autoridades levam a sério e com absoluta competência o uso do cinismo e da mentira para pisotear a inteligência de 190 milhões de brasileiros.
No dia seguinte, ficaram discutindo a intensidade do negrume dos apagões nacionais e patrióticos operados em nome da oitava potência econômica. Um dos apagões foi tão vulgar a ponto de ser classificado pela dama-de-peruca como “barbeiragem”. E prometeu que o próximo apagão, dada a malha quilométrica de redes de distribuição, atingirá todos os estados do país e, de quebra, o Paraguai.
É preciso informar ao Lobão e à dama-de-peruca que quando cai um raio numa árvore, numa torre de energia elétrica ou na cabeça de uma pessoa é possível constatar o efeito de seu alto nível de potência.
Depois de os meteorologistas terem afirmado que os raios da mentira não caíram em nenhuma torre, o Lobão concluiu inteligentemente:
− Mas podiam ter caído. Não se fala mais nisso. O apagão é página virada.
Mas o que o Lobão quis nos fazer crer é que as 18 turbinas de Itaipu são dotadas de um potentíssimo radar e de uma inteligência atmosférica capaz de prever a incidência de raios, ventos e tempestades e desligar-se antes mesmo que eles se precipitem contra as torres gêmeas do Paraná e São Paulo. Desligaram-se preventivamente.
Lobão e toda a camarilha que governa este imenso Brasil sabem que nossa memória é curta e somos dados a curtir no bar da esquina a felicidade de esquecer a mentira, a astúcia, a velhacaria e o cinismo por eles praticados no dia anterior.

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