sexta-feira, 13 de novembro de 2009

AS PEDRAS DE ROMA

Está em Brasília o novo romance deste blogueiro.
Pode ser encontrado na Livraria Cultura, na Livraria Cotidiano ou pelo e-mail
eugeniogiovenardi@gmail.com


O ROMANCE

A eleição dos papas, à época do Renascimento, era um negócio de famílias. Comprava-se, apostava-se e ganhava-se. Preservava-se a fortuna familiar que se consolidaria com parte da riqueza acumulada pelo Estado do Vaticano. Era um dos requisitos para manter-se no poder.
O florentino Giovanni de Medici (1475-1521) assume o poder no Vaticano. Agnóstico, humanista, interessa-se mais pela arte e literatura do que pela prática da religião. Convive com Rafael, Michelangelo, Machiavelli. Condena Lutero por razões de Estado
A compilação da teologia, a proclamação de verdades inquestionáveis em forma de dogmas, o código canônico que determina condutas e sanções, a moral que vacila ao sabor das épocas, conservadora ou liberal, são ações que exigem organização, burocracia, dinheiro, estratégias, governo.
Pela primeira vez, na literatura ficcional brasileira, se revela o código de pagamento de fianças para obter a absolvição antecipada de crimes, conhecido como venda de indulgências. Parte do dinheiro foi empregado na construção da Catedral de São Pedro, em Roma. Entre outros:
Art. I − O eclesiástico que incorrer em pecado carnal, seja com monjas, primas, sobrinhas, afilhadas, ou com outra mulher qualquer, será absolvido, mediante pagamento às arcas papais, de 67 libras ouro e 12 soldos.
Art. V − .Os sacerdotes que quiserem viver em concubinato com suas parentas pagarão 76 libras e 1 soldo.
Art. XXXIII − Os eunucos que quiserem entrar para as Ordens sacras pagarão a quantidade de 310 libras e 15 soldos.
As pedras (de Roma) simbolizam a perenidade, a resistência, a dureza sobre as quais repousam edifícios. Que pedras são essas que suportam o peso das ambições humanas políticas e religiosas? Entre a astúcia, a sorte, a força, a autoridade, a firmeza da ambição, o fascínio do poder e da riqueza, a vaidade, o prazer da mesa e da cama, a arte das cores e a da guerra, a animalidade cruel do homem-lobo, qual dessas pedras é mais consistente para manter o poder de um papa? Sobre quais colunas de mármore se sustenta a sociedade humana e o poder que a dirige e domina?

O AUTOR

EUGÊNIO GIOVENARDI – Nasceu no município de Casca, no Rio Grande do Sul, em 28 de junho de 1934 e reside em Brasília desde 1972. É sociólogo, filósofo e escritor. Licenciado em Ciências Sociais, pós-graduado pela Universidade de Paris, Ecole Pratique de Hautes Etudes; na França (1969) e, na Inglaterra, pela Loughborough University of Technology (1972).

Escreveu, até o momento, as seguintes obras:

AS PEDRAS DE ROMA (romance histórico) maisQnada editora, Porto Alegre, 2009.

O HOMEM PROIBIDO (romance) Editora Movimento, Porto Alegre, 2009. 2ª. Edição revista do primeiro romance Os Filhos do Cardeal, de 1997;

A SAGA DE UM SÍTIO (novela) Editora LGE, Brasília, 2007;

O RETORNO DAS ÁGUAS (ensaio ecológico) edição bilíngüe (português/espanhol), Editora SER, Brasília, 2005;

SOLITÁRIOS NO PARAÍSO (poesia e prosa) Editora Movimento, Porto Alegre, 2004;

VENTOS DA ALMA (poesia) Editora SER, Brasília, 2003;

OS POBRES DO CAMPO (ensaio) Editora Tomo, Porto Alegre, 2003;

EM NOME DO SANGUE (romance) Editora Movimento, Porto Alegre, 2002. Ganhador do Prêmio Açorianos de Literatura 2003. Traduzido para o finlandês, Editora LIKE, Helsinque, Finlândia, 2005 e livro de bolso em 2006.

POEMAS IRREGULARES (poesia) Paralelo 15, Brasília, 1998;

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