quarta-feira, 18 de março de 2009

SEQUESTROS RELÂMPAGOS

Todos os dias noticiam-se sequestros relâmpagos. São como raios fatais sobre a vida do cidadão incauto e indefeso.
Em grande estilo, as autoridades anunciam a compra de mais de 250 viaturas para equipar a polícia. Esses carros são entregues aos mesmos homens que antes dirigiam automóveis velhos, mal equipados. Os novos veículos têm rádio, luzes de alerta múltipla, sirenes, vozes de comando, mas os policiais são os mesmos que andavam a pé em outros tempos.
Novos carros parece não diminuírem o número de ataques ao cidadão. Eles não sabem para onde correr, a quem devem capturar, a quem defender ou onde postar-se para prevenir.
Anderson, de profissão marido-de-aluguel, foi a vítima da vez. Os sequestradores o esperavam no posto de gasolina, onde foi abastecer o carro, em pleno dia de domingo. Foi deixado, depois de servir à demanda dos profissionais do menor esforço, no meio do vazio do Cerrado. A polícia foi acionada. Começa a investigação. Os carros desandam a correr para cá e para lá. As sirenes tocam prevenindo os criminosos. Os sequestradores serão os mesmos que já foram presos em circunstâncias semelhantes e libertados por falta de provas ou de vagas nas delegacias.
Por que não contratar sequestradores profissionais para iniciar uma frente –força-tarefa antissequestro?
Não se faz o mesmo com a extração de veneno das cobras?

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