QUEIMADAS, INCÊNDIOS,
O Grupamento Especializado em Proteção Ambiental
(Gepram), entre maio e setembro de 2020, registrou, no DF,
4.858 queimadas de diferentes proporções. Uma delas foi de 602 hectares. O
risco de incêndios, nesse período, é amplamente divulgado. Alertas são dados
por todos os meios de comunicação a uma população que parece surda e insensível.
Os incêndios anuais se dão quase sempre nos mesmos locais, com mais frequência à
beira das vias.
Um dos efeitos maléficos das queimadas é o desnudamento das áreas, antes
das chuvas. Os incêndios retardam a regeneração vegetal, dificultam a captação das
águas pluviais e favorecem a lavagem do solo ao levar areia e sedimentos aos córregos
e rios. Empobrecem o solo e assoreiam os rios. Tornam mais lenta a regeneração vegetal
e arrasam milhões de vidas que formam a diversidade quase invisível de insetos que
constituem o alimento de outras vidas.
É de se notar, com preocupação, que, nos últimos 30 anos, a região do Centro
Oeste registrou 30 dias a menos de chuvas anuais. A redução de dias chuvosos, registrada
pelo Inmet, passou de 137 dias de chuva, nos anos 1970, para 113 dias em 2019. A
relação desmatamento-queimadas-escassez de chuva deveria sugerir medidas públicas
não só de planejamento ambiental, como de comportamento ecológico da população.
Essas condições ambientais, poluição do ar e das águas, associadas á
baixa umidade e ao calor, reduzem as energias vitais e favorecem um sem número
de enfermidades. Entopem-se os hospitais e enchem-se as farmácias que se
multiplicam em Brasília.
É um ingrediente a mais em tempo de pandemia.
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