sexta-feira, 11 de setembro de 2020

QUEIMADAS, INCÊNDIOS,

 

QUEIMADAS, INCÊNDIOS,

O Grupamento Especializado em Proteção Ambiental (Gepram), entre maio e setembro de 2020, registrou, no DF, 4.858 queimadas de diferentes proporções. Uma delas foi de 602 hectares. O risco de incêndios, nesse período, é amplamente divulgado. Alertas são dados por todos os meios de comunicação a uma população que parece surda e insensível. Os incêndios anuais se dão quase sempre nos mesmos locais, com mais frequência à beira das vias.

Um dos efeitos maléficos das queimadas é o desnudamento das áreas, antes das chuvas. Os incêndios retardam a regeneração vegetal, dificultam a captação das águas pluviais e favorecem a lavagem do solo ao levar areia e sedimentos aos córregos e rios. Empobrecem o solo e assoreiam os rios. Tornam mais lenta a regeneração vegetal e arrasam milhões de vidas que formam a diversidade quase invisível de insetos que constituem o alimento de outras vidas.

É de se notar, com preocupação, que, nos últimos 30 anos, a região do Centro Oeste registrou 30 dias a menos de chuvas anuais. A redução de dias chuvosos, registrada pelo Inmet, passou de 137 dias de chuva, nos anos 1970, para 113 dias em 2019. A relação desmatamento-queimadas-escassez de chuva deveria sugerir medidas públicas não só de planejamento ambiental, como de comportamento ecológico da população.

Essas condições ambientais, poluição do ar e das águas, associadas á baixa umidade e ao calor, reduzem as energias vitais e favorecem um sem número de enfermidades. Entopem-se os hospitais e enchem-se as farmácias que se multiplicam em Brasília.

É um ingrediente a mais em tempo de pandemia.

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