quarta-feira, 4 de março de 2020


CHUVAS DE FEVEREIROS  – ANOS  2013 a 2020–

    EM MILÍMETROS – 1 mm = 1 litro/m2
                   FEVEREIROS                    ANOS
2013 -                 132.7                  >       2.255,6
2014 -                 173.0                  >       1.677,5
2015 -                 292.2                  >       1.642,7
2016 -                 288.0                  >       1.921,7
2017 -                 203.8                  >       1.478,7
2018 -                 115.5                  >       1.760,5
2019 -                 358.7                  >       1.068,7
2020 -                 276.4                            ???????

2020 já recebeu 628,8 mm ou 628,8 litros de água por metro quadrado, na área d microbacia do Ribeirão das Lajes, Janeiro de 2020 superou a média dos meses (235.0 mm) em 41,4 mm, com precipitações irregulares, localizadas e esparsas durante o mês.
A área em regeneração de 700.000 m2 (70 ha) do Sítio das Neves recebeu, gratuitamente, em janeiro, 193.480.000 litros de água da chuva (193,48 mil metros3).  Graças à vegetação intensa, três quartos desse volume ficaram retidos nas árvores e no solo, propiciando melhor  recarga dos aquíferos subterrâneos. As águas restantes correram limpas córrego abaixo.
Houve áreas, como a Bacia do Paranoá, com volumes acima da média (mais de 500mm). Infelizmente, a maior parte dessa água caiu sobre áreas impermeabilizadas sem chegar aos aquíferos subterrâneos. Essa é a diferença entre arborização e impermeabilização. Impedimos as águas de cima a se comunicarem com as águas subterrâneas.
As inundações no Sudeste e da Estrutural (DF) mostram a irregularidade das chuvas, o descaso com as áreas verdes protetoras e a agressão ao ambiente pela urbanização desrespeitosa e sem previsão e aceitação das mudanças climáticas. Há uma solução regenerativa que ameniza essa irregularidade: ARBORIZAÇAO E RESPEITO AOS CURSOS DOS RIOS E CÓRREGOS. A urbanização intensa, com negligência das autoridades e com a pressão habitacional, destrói encostas, desvia o curso dos rios, sem dar espaço suficiente aos fenômenos físicos. Para o Distrito Federal, com o acréscimo de mais de 40 mil habitantes por anos, algo mais tem que ser feito além de viadutos, novos bairros, (Urbitá e Quadras 500), água poluída bombeada do Corumbá IV, aumento da tubulação, ou desvio de água de uma represa a outra. Há que se olhar um pouco além do nariz. Mirar os anos 2060 e oferecer segurança hídrica aos milhões de habitantes que sobreviverão, em Brasília, nas próximas décadas. A degradação do ecossistema de forma contínua cobrará muito sofrimento aos nossos descendentes.

Fonte: PLUVIÔMETRO/ANA/ SÍTIO DAS NEVES, BR-060, KM 26, destinado a medir a precipitação regional de parte da bacia do Descoberto e seus afluentes no DF.

Foto – Eugênio Giovenardi, Área regenerada, Sítio das Neves,
BR 060 km 26,


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