O termo sustentabilidade e suas variantes, do verbo ao advérbio,
na Conferência Rio+20, serão repetidas milhares de vezes com sentidos
diferentes, sem sentido e com muitas interrogações. Uma das recomendações que
ouvi, ontem de um ambientalista convicto, na TV, fez-me refletir: “Para
desenvolver a consciência ambiental, ao comprar um produto, é preciso perguntar
se essa mercadoria foi produzida de forma sustentável”.
Em outras palavras, se o consumidor quiser comprar um kg de
carne, em cuja produção foram usados 16 mil litros de água e o cidadão chegou
ao supermercado de carro, em cuja construção foram despendidos 380 mil litros
de água, o próspero contribuinte terá que se perguntar se o boi é sustentável e
se a natureza pode continuar sustentando o animal e o carro.
A alternativa para a sustentabilidade da vida no planeta
pode estar, entre outros casos, na compra de um litro de leite que necessita de
mil litros de água para que a vaca o produza e, evidentemente, ir a pé à
padaria. Alternativa que pouparia 379 mil litros de água por habitante,
multiplicados por 200 milhões de brasileiros, em apenas um dia. Alternativas,
em todos os ramos da atividade humana, dariam sentido ao que se denomina de sustentabilidade.
Com medidas de consumo humano inteligente, adequado, necessário
e suficiente, a natureza será capaz de sustentar todos os seres vivos do
planeta por milhões de anos.
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