Os primeiros mapas, ainda incompletos, apresentados na Idade Média, pois pouco se sabia do que se havia no outro lado do equador, situavam o pedaço do mundo conhecido do lado de cima. Já os árabes tinham outra configuração. O globo de cabeça para baixo. Por que o Norte não está embaixo e o Sul, em cima? Seria uma nova visão do mundo.
Abra um Atlas que apresenta o mapa linear da Terra. Da esquerda para a direita, vê-se a sequência dos continentes precedidos por uma parte do Oceano Pacífico. Na extrema direita, a Oceania (Austrália, Nova Zelândia). Geralmente os mapas cortam esse oceano em duas partes, ressaltando a presença das áreas continentais onde vive a maior parte da população mundial. O Atlas mostra outro mapa que coloca a Oceania no centro rodeada de água. Ali se constata o Oceano Pacífico inteiro que representa um terço da superfície da Terra. Vire o mapa de cabeça para baixo. Inverteram-se os polos. Norte e Sul não têm mais o mesmo significado. A Europa não passa de um minúsculo pedaço de terra onde se concentrou a genialidade humana.
O mapa visto dessa perspectiva permite perceber a possível trajetória e os movimentos das populações ao redor do globo. A Oceania, portanto, é o umbigo da Terra.
Essas especulações estão num novíssimo mapa – Atlas de l’Océanie, de Luc Vacher, Fabrice Argounés e Sarah Mohamed-Gaillard.
O universo pode sempre ser visto de outra forma e com outros olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário