VOLTANDO AO CERRADO DE 20 MILHÕES
DE ANOS
Ontem, 22 de julho de
2024, aos 90 anos, desfrutei de uma experiência, caminhando na escura mata
ciliar do Córrego da Mata Azul, com a sensação de perceber o que era o Cerrado
há 20 milhões de anos. Velhas copaíbas fossilizadas no chão e outras
descendentes eretas buscando a luz do sol nestes dias em que as temperaturas
baixam a 7 e 9 graus à noite. Rochas de xisto, formando muros de 3ª metros de
altura, descobertas por bilhões de metros cúbicos derramados pelas chuvas
milenares. Assim se mostrou o silêncio, a escuridão e a velhice da mata e das árvores.
Uma experiência profunda de voltar no tempo sem fim. Somos descendentes de quem
sustentou a vida. Eles passaram, nós passaremos, mas podemos sentir a vida de outros
milênios em 30 minutos.
Imagem. Águas cristalinas
de 60 milhões de anos, Sítio das Neves, Cerrado do DF, ameaçadas de extinção
pelo dedo humano. (Foto Eugênio Giovenardi).
Nenhum comentário:
Postar um comentário