terça-feira, 23 de julho de 2024

VOLTANDO AO CERRADO DE 20 MILHÕES DE ANOS

 

VOLTANDO AO CERRADO DE 20 MILHÕES DE ANOS

 

Ontem, 22 de julho de 2024, aos 90 anos, desfrutei de uma experiência, caminhando na escura mata ciliar do Córrego da Mata Azul, com a sensação de perceber o que era o Cerrado há 20 milhões de anos. Velhas copaíbas fossilizadas no chão e outras descendentes eretas buscando a luz do sol nestes dias em que as temperaturas baixam a 7 e 9 graus à noite. Rochas de xisto, formando muros de 3ª metros de altura, descobertas por bilhões de metros cúbicos derramados pelas chuvas milenares. Assim se mostrou o silêncio, a escuridão e a velhice da mata e das árvores. Uma experiência profunda de voltar no tempo sem fim. Somos descendentes de quem sustentou a vida. Eles passaram, nós passaremos, mas podemos sentir a vida de outros milênios em 30 minutos.

Imagem. Águas cristalinas de 60 milhões de anos, Sítio das Neves, Cerrado do DF, ameaçadas de extinção pelo dedo humano. (Foto Eugênio Giovenardi).

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