segunda-feira, 26 de junho de 2023

CHUVAS DE JUNHO 2023

 

CHUVAS DE JUNHO  ANOS 2013 a 2023  

Em milímetros ─ 1 mm = 1 litro/m2

 ANOS      MÊS ▬             TOTAL ANO/ MM

2012 −           ******                        ******

2013 –        23.8                 2.255,6

2014 –          7.0                 1.677,5

2015 –          0.0                 1.642,7

2016 -           0.0                 1.921,7

2017 -           0.0                  1.478,7

2018 –          0.0                  1.760.5

2019 –          0.0                  1.069.3

2020 −          0.0                  1.787,8

2021 –         39.0                  1.710.8

2022 –           0.0                  1.279,2 

2023 -            0.0                     680.3  (Neste ano)

 

SÍTIO DAS NEVES, BR 060, KM 26, DF, EM REGENERAÇÃO DESDE 1974. SOU IRMÃO DAS ÁRVORES. ELAS VIVEM EM MIM E FALAM COMIGO.

Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados pluviométricos do mês de junho dos últimos 11 anos. Volumes coletados pelo pluviômetro, instalado no Sítio das Neves pela Agencia Nacional de Aguas (ANA), refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF. No Sítio das Neves, a vegetação e as nascentes mantêm boa umidade do solo e do ar, detêm três terços da água da chuva, contribuem para a recarga dos aquíferos e regulam o curso dos dois córregos que nascem na área.

O acumulado de chuvas, neste ano, é de 680.3 mm/ ou litros por m2, na região da microbacia do Ribeirão das Lajes. O Sítio das Neves não foi agraciado com chuvas, no mês de JUNHO..

Como se observa no quadro, a média de chuvas dos meses de junho, nos ONZE anos registrados, foi de 6.3 mm ou litros por m2. Como indica o quadro, em 8 anos não houve chuva (a irregularidade ocorreu em 2021). Nos últimos anos, chuvas no mês de junho são bem-vindas, mas excepcionais. Entre  os dias 16-18, houve chuvas localizadas no DF, mas pouco contribuíram para a recarga dos aquíferos. Nos meses de junho sem chuva, agravados pela grande área urbana impermeabilizada e por falta de um sistema inteligente de captação das águas pluviais para infiltração no solo, a tendência é o rebaixamento das águas subterrâneas do DF. Nas áreas densamente florestadas, como o Sítio das Neves, as árvores e os murundus (cupins) administram com grande sabedoria a captação, a retenção e a infiltração das águas da chuva.

Os ecossistemas que mantêm vegetação densa resistem melhor às variações do tempo e às severas mudanças climáticas. A preservação das nascentes e o incentivo ao florestamento nativo são ações prioritárias para a regeneração dos ecossistemas, captura e retenção de carbono no subsolo. Esta função do Cerrado só acontece se mantida a floresta original. Os 70 ha do Sítio das Neves, há mais de 22 anos, não emitem carbono de efeito estufa, pois os retêm no solo. As árvores estão felizes e transmitem felicidade a quem as respeita.

OS FENÔMENOS EL NIÑO E LA NINÃ, neste ano, estão ativos e já causaram e continuarão causando dificuldades nas regiões do sul e nordeste. esses fenômenos se mostram mais ativos de sete em sete anos, tempo que permitiria ao poder público e à sociedade prepararem-se para enfrentar a fúria dos ventos e a densidade das chuvas.

 

Imagem: o lixo continua exposto ao longo das rodovias do DF e em contêineres abertos ao longo das superquadras do Plano Piloto e bairros de Brasília.



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