sábado, 28 de janeiro de 2023

OURO, EM QUILO OU EM BARRA

 

OURO, EM QUILO OU EM BARRA

ENQUANTO MORREM CRIANÇAS YANOMAMIS

 

SÓFLOCLES (497-406 a.C.), em Antígona, alertou:

 

“Pois, nada de quanto impera no mundo

É tão funesto quanto o ouro, que derruba

E arruína as cidades e os homens,

E avilta os corações virtuosos,

Levando-os ao caminho do mal e do vício.

O ouro ensina ao homem a astúcia e a perfídia

E o faz, insolente, virar as costas aos deuses.”

 

“Ouro! Ouro precioso, rúbeo, fascinante?

Com ele se torna branco o preto

e o feio, formoso,

Virtuoso, o mal,

jovem, o velho,

valente, o covarde,

Nobre, o vilão.

Oh! Deuses! Por que é isto, oh, deuses?

E retira o cobertor a quem jaz enfermo.”

 

“E afasta do altar o sacerdote.

Sim, este escravo vermelho ata e desata

Vínculos consagrados, bendiz o maldito.

Torna agradável a lepra, honra o ladrão

E dá posição, privilégio e influência,

No conselho dos senadores:

Conquista pretendentes

À viúva anciã e já curvada.

  Oh! Maldito metal!

Vil meretriz dos homens!”

 

(Versão pessoal do texto em espanhol)

28.1.2023

 

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