INVASÃO E FOGO CONTRA O CERRADO
É inacreditável. O Cerrado registra, nesta estiagem de 2022, o maior número de queimadas irresponsáveis no território nacional. Sou um entre algumas centenas de brasilienses que realmente promovem a regeneração do Cerrado do Distrito Federal. O Congresso Nacional e a Câmara Distrital do Distrito Federal fazem coro a milhões de brasileiros que clamam por democracia. Qual democracia? Vivemos uma suposta democracia política, com 30 partidos, que dividem o bolo financeiro milionário para termos ironicamente eleições livres. Os brasileiros elegem seus supostos representantes. Mas vivemos numa ditadura administrativa e legislativa que faz leis como quem cospe no chão. Vivemos numa ditadura financeira com empréstimos milionários para integrantes de esquemas secretos. Vivemos numa semiditadura jurídica e judiciária cujos ministros engavetam ações contra crimes de administração pública, absolve grandes criminosos e liberta da cadeia ladrões de invejáveis fortunas, (não a mulher que levou, acossada pela fome, um pacote de miojo do supermercado). Vivemos numa ditadura ambiental que associa ministros e altos funcionários aos destruidores de florestas sob o pretexto de produzir comida para um bilhão de pessoas, aceitar 36 milhões de brasileiros famintos e salvaguardar a honra dos que não foram contemplados nos projetos de minha casa - minha dívida. Vivemos numa ditadura urbana comandada pela indústria selvagem da construção em concubinato com administradores e deputados que transformaram Brasília em autódromo impiedoso.
No DF, o que resta de Cerrado está sendo criminosamente devastado em nome de políticas enganosas dirigidas aos mais pobres. E os mais pobres continuarão na periferia cultural e educativa da cidade-parque, sem transporte digno, permanentemente ameaçados de racionamento de água e energia. Podemos e devemos sair às ruas para exigir DEMOCRACIA! Entendam, porém, os pobres da periferia porque a democracia só vai em seu socorro dois meses antes das eleições para que elejam seus tradicionais benfeitores de última hora.
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