OURO, EM QUILO OU EM BARRA
SÓFLOCLES (497-406 a.C.), em Antígona, alertou:
“Pois, nada de quanto impera no mundo
É tão funesto quanto o ouro, que derruba
E arruína as cidades e os homens,
E avilta os corações virtuosos,
Levando-os ao caminho do mal e do vício.
O ouro ensina ao homem a astúcia e a perfídia
E o faz, insolente, virar as costas aos deuses.”
“Ouro! Ouro precioso, rúbeo, fascinante?
Com ele se torna branco o preto e o feio, formoso,
Virtuoso, o mal, jovem, o velho, valente, o covarde,
Nobre, o vilão. Oh! Deuses! Por que é isto, oh, deuses?
E retira o cobertor a quem jaz enfermo.”
“E afasta do altar o sacerdote.
Sim, este escravo vermelho ata e desata
Vínculos consagrados, bendiz o maldito.
Torna agradável a lepra, honra o ladrão
E dá posição, privilégio e influência,
No conselho dos senadores: conquista pretendentes
À viúva anciã e já curvada.
Oh! Maldito metal!
Vil meretriz dos homens!”
(Versão minha do texto em espanhol)
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