quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

A PREOCUPANTE IRREGULARIDADE DA CHUVA


A PREOCUPANTE IRREGULARIDADE DA CHUVA

CHUVAS DE DEZEMBROS  E DOS ANOS 2013 a 2019–

    EM MILÍMETROS – 1 mm = 1 litro/m2
DEZEMBRO                        TOTAL ANO
2013 -                 311.6                  2.255,6
2014 -                 323.2                  1.677,5
2015 -                 404.2                  1.642,7
2016 -                 264.4                  1.921,7
2017 -                 298.7                  1.478,7
2018 -                 133.8                  1.760,5
2019 -                 189,7                  1.068,7
Dezembro de 2019 teve a segunda menor precipitação da série, com acréscimo de 55,9 mm em relação a 2018, mas abaixo da média dos meses de dezembro  que é de 275,0 mm, com déficit de 85,5mm. A média da precipitação dos sete anos é 1.686,5mm, sendo 2019 o quarto ano abaixo da media.
No período chuvoso de 2018 (janeiro a dezembro) = 1.760,5 mm
No período chuvoso de 2019 (janeiro a dezembro) = 1.068,7 mm
A redução pluviométrica no ano de 2019, relativamente a 2018 é de 691,8 mm ou 691,8 litros a menos por m2.
O DF tem 5.822.000.000 m2. O baixo volume de chuva de 2019, comparado com o de 2018, significa menos 4 trilhões de litros de água na área geográfica do DF. Captação inteligente de água, além de reservatórios a céu aberto, também faz parte da gestão hídrica para reduzir  o impacto da irregularidade e do baixo volume de chuva.
Um diretor da ADASA (CB, 27.12.2019) anota que 15% da população vive em áreas que podem sofrer restrições (racionamento), ou seja, 465.000 brasilienses serão afetados pela escassez de água. Quem são eles? Onde moram?
Aprimorar e melhorar a gestão da riqueza hídrica é missão importante, desde que haja uma sábia captação de águas da chuva. Infelizmente, não é o caso do DF.
Inteligentes técnicas de captação de águas pluviais e políticas de reflorestamento e de proteção à vegetação nativa são pontos essenciais de um novo e necessário paradigma ambiental para uma urbanização sadia e moderna agricultura bioecológica.
Poços artesianos são abertos quase diariamente, pondo em risco as nascentes e contribuindo para o rebaixamento do lençol freático. Em resumo, apesar da chuva e dos reservatórios, o solo do DF continua secando.
Dependemos  rigorosamente da chuva e não sabemos coletá-la para a regeneração da vegetação e a realimentação dos mananciais.
Fonte: PLUVIÔMETRO/ANA/ SÍTIO DAS NEVES, BR-060, KM 26, destinado a medir a precipitação regional de parte da bacia do Descoberto e seus afluentes no DF.
1.1.2020
Eugênio Giovenardi
Ecossociólogo


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