Desmatamento na Amazônia
Em março, o desmatamento na Amazônia foi 243% maior do que no mesmo período do ano
passado.
O último relatório divulgado
pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta que o
desmatamento na Amazônia Legal, área que compreende nove estados brasileiros
e corresponde a quase 60% do território brasileiro, atingiu 287 km2 em março de
2018. Para efeito de comparação, neste mesmo mês, em 2015, o desmatamento era
de 58 km2, ou seja, cinco vezes menor.
Segundo o levantamento, em relação a
março de 2017, considerando somente os alertas a partir de 10 hectares, houve
aumento de 249%, quando o desmatamento somou 71 km2.
Os principais responsáveis
pela derrubada da floresta foram os estados de Mato Grosso
(40%), Roraima (21%), Pará (18%), Amazonas (14%) e Rondônia (7%).
De acordo com o Imazon, 63% do
desmatamento registrado ocorreu em terras privadas ou “sob diversos
estágios de posse”. O restante das áreas que teve corte raso de floresta aconteceu
em assentamentos de reforma agrária (33%), unidades de conservação (3%) e
terras indígenas (1%).
Já as florestas degradadas na
Amazônia Legal somaram 102 km2 em março de 2018. Comparada ao mesmo período do
ano anterior, a degradação é 28% maior.
Os alertas de desmatamento e degradação florestal realizados
pelo Imazon são gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE), com a
utilização de imagens de satélites e mapas digitais.
Todavia, os índices de desflorestamento
da Amazônia publicados pelo instituto não são oficiais. O governo só leva em
conta os dados elaborados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
que frequentemente apresenta números diferentes aos do Imazon. A discrepância
nos resultados se dá ao uso de metodologias distintas de avaliação.
Como já noticiado,
o avanço da soja, em áreas de desmatamento na Amazônia, é o maior em cinco
anos.
O plantio do grão, em área devastada,
cresceu 27,5% em relação à safra anterior, segundo um relatório da Moratória da
Soja.
(Elaborado por Suzana Camargo, 24 de abril de 2018)
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