terça-feira, 27 de junho de 2017

LAGO PARANOÁ, SANTA MARIA, DESCOBERTO

(Sítio das Neves, DF, Eugênio Giovenardi)

As represas são uma conta de poupança. Quem as abastece são as nascentes e as chuvas. A população apenas faz retiradas.  Sacar do volume morto quer dizer que nem mais as nascentes nem as chuvas conseguem abastecer a conta de poupança. O resultado é fechar a conta. O racionamento é uma medida para bloquear o acesso à conta até que as nascentes e as chuvas formem novo saldo disponível. Dependemos desses dois doadores.
Como colaborar com esses doadores?
A) Investimentos racionais devem ser feitos águas acima, na proteção vegetal das nascentes. O equívoco administrativo e deseducativo é oficializar o saque da reserva como se o volume da água tivesse aumentado. Na realidade, se está apenas aumentando a capacidade para esgotar as nascentes. Investimentos para retirar água de reservatórios é um ato burocrático irracional, político, no sentido de facilitar a vida da população, sem exigir dela um comportamento adequado, de respeito às leis da natureza.
B)  Captar águas da chuva via florestamento em volta das nascentes de água. Captar água por meio de superfícies construídas que impermeabilizam o solo: prédios e casas.
C)  Energia solar, eólica e outras com a finalidade de diminuir a pressão sobre as represas hidrelétricas. Para gerar um KW de energia são necessários 6.600 litros de água. O consumo diário por pessoa é de 2KW.

D) Planejamento urbano demográfico para adequar o tamanho da população à disponibilidade de água do bioma e da região ocupada. 

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