terça-feira, 12 de agosto de 2025

PASSEIO VESPERTINO

 PASSEIO VESPERTINO

Parei ao pé de um Carvoeiro. Descansei meu nonagenário ombro na casca enrugada. Olhei as gramíneas rastejando na terra seca, beijando o chão que as sustenta. Tudo em volta era alegria, embalada pela brisa ensolarada. Olhei abismado as árvores ao redor. Senti que elas me acolhem. Conspiram a meu favor. Inspiram poesia ao caminhante. Transpiram paz. Respiram felizes. Espiram ar puro. Segredam mensagens ao olho d´água. Convivo com elas. Completamos 51 anos de conspiração ambiental. Felicidade que levarei para Aldebarã.

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