BINÔMIO DA FATALIDADE
SOBREVIVER
E REPRODUZIR A VIDA
(Fatalidade:
conjunto de fatos ocorridos a um tempo.)
Trago
à colação dos amigos, frequentadores deste bistrô do pensamento livre, uma percepção
ecossociológica dos três ângulos de um triangulo atual ou três variações do
mesmo tema.
MUDANÇAS
CLIMÁTICAS acontecem no planeta desde seu nascimento. Com elas desapareceram, há
65 milhões de anos, os dinossauros e os tiranossauros, cujas carcaças repousam
soterradas em vários continentes, inclusive no Brasil. A espécie humana foi a
última a brotar da evolução.
OITO
BILHÕES de insaciáveis e contumazes consumidores humanos, forçados a sobreviver
e a se reproduzir, devastam florestas, poluem as águas de beber, contaminam o
ar e promovem guerras irracionais.
CIDADES
ULTRAPASSADAS, mal arquitetadas, antiecológicas, desafiadoras de fenômenos
físicos, são arapucas de oportunistas para prender desatentos, empurram os
discriminados para as margens de rodovias, beira de rios e sopés de montanhas imprecisas.
Para
ajudar engenheiros e arquitetos urbanistas, administradores políticos,
geógrafos, antropólogos, advogados, médicos, psicólogos, psicanalistas e
psicoterapeutas a repensarem a sobrevivência e a reprodução da espécie humana,
ofereço o desabafo do filósofo e matemático Thomas Hobbes (1588-1679): “Não
temos nenhum conhecimento da face da Terra, da Natureza”, e o grito do geógrafo inglês, em
2009, David Harvey (1937-), ao Le Monde Diplomatique: “Este é um momento em que
podemos realmente parar e dizer: devemos remodelar a cidade de forma diferente
para o conjunto da população”.
As
imagens do resultado de nossa ignorância, ambição, cegueira, leniência e
indiferença podem ser vistas em qualquer canal de TV.
A
solidariedade no infortúnio é o preço da insociabilidade prévia.
25.2.2023
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