domingo, 26 de fevereiro de 2023

BINÔMIO DA FATALIDADE

 

BINÔMIO DA FATALIDADE

SOBREVIVER E REPRODUZIR A VIDA

(Fatalidade: conjunto de fatos ocorridos a um tempo.)

 

Trago à colação dos amigos, frequentadores deste bistrô do pensamento livre, uma percepção ecossociológica dos três ângulos de um triangulo atual ou três variações do mesmo tema.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS acontecem no planeta desde seu nascimento. Com elas desapareceram, há 65 milhões de anos, os dinossauros e os tiranossauros, cujas carcaças repousam soterradas em vários continentes, inclusive no Brasil. A espécie humana foi a última a brotar da evolução.

OITO BILHÕES de insaciáveis e contumazes consumidores humanos, forçados a sobreviver e a se reproduzir, devastam florestas, poluem as águas de beber, contaminam o ar e promovem guerras irracionais.

CIDADES ULTRAPASSADAS, mal arquitetadas, antiecológicas, desafiadoras de fenômenos físicos, são arapucas de oportunistas para prender desatentos, empurram os discriminados para as margens de rodovias, beira de rios e sopés de montanhas imprecisas.

Para ajudar engenheiros e arquitetos urbanistas, administradores políticos, geógrafos, antropólogos, advogados, médicos, psicólogos, psicanalistas e psicoterapeutas a repensarem a sobrevivência e a reprodução da espécie humana, ofereço o desabafo do filósofo e matemático Thomas Hobbes (1588-1679): “Não temos nenhum conhecimento da face da Terra, da  Natureza”, e o grito do geógrafo inglês, em 2009, David Harvey (1937-), ao Le Monde Diplomatique: “Este é um momento em que podemos realmente parar e dizer: devemos remodelar a cidade de forma diferente para o conjunto da população”.

As imagens do resultado de nossa ignorância, ambição, cegueira, leniência e indiferença podem ser vistas em qualquer canal de TV.

A solidariedade no infortúnio é o preço da insociabilidade prévia.

 

25.2.2023

 

Nenhum comentário: