SEGREDOS MILENARES DO CERRADO.
No fim de semana, andei pelos campos. Segui o curso de um pequeno riacho perene e humilde: CÓRREGO DA ONÇA, dentro do Sítio das Neves. Uma humilde e grandiosa cachoeira de 4 metros forma um lago profundo, rodeado de rochedo coberto de musgo e samambaias. É de uma beleza comovente. Um silêncio monumental digno de uma sonata de Mendelssohn ou Bach.
(Foto: Eugenio Giovenardi, Sítio das Neves, 70 hectares, com zero emissão de carbono . O Cerrado é que dá grandeza a Brasília)
BRASÍLIA MORA NA PERIFERIA DO CERRADO
O Cerrado é o ventre geográfico no qual foi concebida
Brasília. Brasília está cercada de Cerrado por todos os lados. Brasília é um acampamento na periferia do Cerrado. Brasília é o Entorno do Cerrado. O Cerrado é o centro do qual emana o principal serviço público, persistente e gratuito ─ água.
O que acontece na periferia das grandes cidades, em relação ao centro urbano do qual emana a governança política, se repete com a expansão de Brasília na ocupação do Cerrado. É preciso cuidar melhor da periferia para que o Cerrado exerça sua energia vital.
Orgulho humano da arquitetura artificial e monumental também são as ruinas das acrópoles gregas ou do Coliseu romano.
O que vale Brasília sem o Cerrado? Desertifique-se o Cerrado e Brasília desaparecerá, como o Lago Aral. Brasília vale pelo Cerrado que a sustenta.
O Cerrado é patrimônio cósmico natural do planeta há alguns bilhões de anos.
(Brasília se expande e deixa suas pegadas periféricas no Cerrado a menos de 50 km do Plano Piloto. Foto: Eugenio Giovenardi, BR 060 km 26)
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