sábado, 10 de abril de 2021

NÚCLEO DE ESTUDOS ECOSSOCIOLÓGICOS DO CERRADO

 

NÚCLEO DE ESTUDOS ECOSSOCIOLÓGICOS DO CERRADO

(NEEC)

 

A criação do NEEC se integra ao Projeto Olho d’Água do Sítio das Neves. As ações decorrentes de seu funcionamento se referem à proteção, à regeneração ambiental e ao conhecimento dos valores ecossociológicos.

Tem-se observado, no comportamento cultural dos alunos egressos do ensino secundário e universitário, preocupante distância entre os conhecimentos adquiridos no período letivo e a prática profissional.

O objetivo das ações do NEEC é ampliar o conhecimento dos visitantes, alunos, professores e estudiosos do Cerrado sobre ocupação espacial, cooperação, convivência e reprodução de árvores, plantas, arbustos, animais e insetos da biocomunidade.

A ampliação do conhecimento propiciará melhor uso do solo, definição mais adequada de atividades agrícolas, formas de preservação ambiental, captação de águas pluviais, proteção dos mananciais e recarga dos aquíferos para garantir o equilíbrio da biodiversidade.

O objetivo específico do NEEC é adequar os conhecimentos escolares e universitários adquiridos em sala de aula à realidade da organização, localização, cooperação e reprodução dos seres vivos da biocomunidade do Cerrado.

O Núcleo de Pesquisa Ecossociológica do Cerrado foi idealizado para o exercício das observações da Ecossociologia. Constitui uma ferramenta de estudo das formas de vida nesse bioma, as relações entre os diversos elementos naturais, como árvores, animais e água, que possam orientar atitudes e comportamentos do homo cerratensis na preservação da biodiversidade.

São questões que aprofundam os conhecimentos sobre a constituição das formas de vida e reorientam os comportamentos da população humana em relação a elas.

Algumas perguntas parecem fundamentais para a crítica do conhecimento que pode levar à crítica do comportamento:

– Quanto do ecossistema é necessário para nossa sobrevivência e reprodução?

– Que prioridade se pode e deve dar ao planejamento demográfico para conciliar os limites de bens da natureza com o crescimento populacional humano e consequentemente a preservação da biodiversidade?

– Que espécies vivas e que processos ecológicos são essenciais para a sobrevivência da espécie humana?

– Quantas espécies, das quais dependerá a existência da espécie humana, já foram extintas e ainda o serão com os métodos arrasadores de sua presença, especialmente o desflorestamento e a defaunação?

– Como preservar e ampliar os elementos essenciais a todas as formas de vida: água e árvores?

A preservação da espécie humana, acima de tudo, precisa evitar o caminho da própria monocultura com a extinção gradativa de outras espécies, com a diminuição perigosa da biodiversidade rompendo os laços da interdependência de todas as vidas existentes no planeta.

A monocultura vegetal ou animal é danosa. Presumo que o planeta, sem árvores, sem pássaros, sem animais, habitado apenas pela espécie humana seria monótono e estéril rodeado de alta tecnologia.

 

Para maior compreensão dos conceitos aqui propostos sugere-se a aplicação da Metodologia de Imersão Peripatética mediante observação e registro dos fatos ecológicos da interdependência dos habitantes de um mesmo bioma e da relação com a espécie humana. O método oferece ferramentas a serem usadas em campo e em painéis de discussão do grupo envolvido.

 

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