NÚCLEO DE ESTUDOS ECOSSOCIOLÓGICOS DO CERRADO
(NEEC)
A criação do
NEEC se integra ao Projeto Olho d’Água do Sítio das Neves. As ações decorrentes
de seu funcionamento se referem à proteção, à regeneração ambiental e ao
conhecimento dos valores ecossociológicos.
Tem-se
observado, no comportamento cultural dos alunos egressos do ensino secundário e
universitário, preocupante distância entre os conhecimentos adquiridos no
período letivo e a prática profissional.
O objetivo das
ações do NEEC é ampliar o conhecimento dos visitantes, alunos, professores e
estudiosos do Cerrado sobre ocupação espacial, cooperação, convivência e
reprodução de árvores, plantas, arbustos, animais e insetos da biocomunidade.
A ampliação do
conhecimento propiciará melhor uso do solo, definição mais adequada de
atividades agrícolas, formas de preservação ambiental, captação de águas
pluviais, proteção dos mananciais e recarga dos aquíferos para garantir o
equilíbrio da biodiversidade.
O objetivo
específico do NEEC é adequar os conhecimentos escolares e universitários
adquiridos em sala de aula à realidade da organização, localização, cooperação
e reprodução dos seres vivos da biocomunidade do Cerrado.
O Núcleo de
Pesquisa Ecossociológica do Cerrado foi idealizado para o exercício das
observações da Ecossociologia. Constitui uma ferramenta de estudo das formas de
vida nesse bioma, as relações entre os diversos elementos naturais, como
árvores, animais e água, que possam orientar atitudes e comportamentos do homo cerratensis na preservação da biodiversidade.
São questões
que aprofundam os conhecimentos sobre a constituição das formas de vida e
reorientam os comportamentos da população humana em relação a elas.
Algumas perguntas
parecem fundamentais para a crítica do conhecimento que pode levar à crítica do
comportamento:
– Quanto do ecossistema é
necessário para nossa sobrevivência e reprodução?
– Que prioridade se pode e
deve dar ao planejamento demográfico para conciliar os limites de bens da
natureza com o crescimento populacional humano e consequentemente a preservação
da biodiversidade?
– Que espécies vivas e que
processos ecológicos são essenciais para a sobrevivência da espécie humana?
– Quantas espécies, das
quais dependerá a existência da espécie humana, já foram extintas e ainda o
serão com os métodos arrasadores de sua presença, especialmente o desflorestamento
e a defaunação?
– Como preservar e ampliar os
elementos essenciais a todas as formas de vida: água e árvores?
A preservação
da espécie humana, acima de tudo, precisa evitar o caminho da própria
monocultura com a extinção gradativa de outras espécies, com a diminuição
perigosa da biodiversidade rompendo os laços da interdependência de todas as
vidas existentes no planeta.
A monocultura
vegetal ou animal é danosa. Presumo que o planeta, sem árvores, sem pássaros,
sem animais, habitado apenas pela espécie humana seria monótono e estéril
rodeado de alta tecnologia.
Para maior compreensão dos
conceitos aqui propostos sugere-se a aplicação da Metodologia de Imersão Peripatética mediante observação e registro
dos fatos ecológicos da interdependência dos habitantes de um mesmo bioma e da
relação com a espécie humana. O método oferece ferramentas a serem usadas em
campo e em painéis de discussão do grupo envolvido.
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