quarta-feira, 29 de junho de 2016

OITAVO FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA

Prezados 


Li com atenção a informação que os jornalistas Rafael Campos e Júlia Chaib deram sobre o evento preparatório ao Oitavo Fórum Mundial da Água.
Por meio do IHG/DF, coordenei dois Seminários tb. preparatórios ao Fórum, em 2015 e 2016, com o título ÁGUAS ACIMA. Estamos preparando o terceiro Seminário para 2017.
A ênfase que demos nos seminários contrasta com a que se está dando nesses eventos de cunho político ou de políticas que envolverão recursos sem fim.
Primeiro: ênfase em reservatórios, grandes represas (gestão ineficiente quando não corrupta de dinheiro) e interrupção ou desvio de cursos de água contrastam com o desmatamento, a urbanização sem controle e a morte de nascentes de água. As inversões até hoje ÁGUAS ABAIXO não resolveram a dificuldade de acesso à água, porque se esqueceram de inversões ÁGUAS ACIMA.
Segundo: Tratamento de esgotos, reuso de água se justificam se o fluxo normal de água for mantido. As evidências mostram o contrário.
Terceiro: nenhuma referência foi feita sobre a captação de águas da chuva, única fonte tropical de reabastecimento de rios e nascentes de água. Captação de águas da chuva associada ao grito revolucionário do século 21 que é PLANTAR ÁRVORES. O desmatamento da Amazônia e do Cerrado continua.
Quarto: Nenhuma palavra sobre o tabu do crescimento demográfico regional e mundial, verdadeira e palpável razão do aumento do consumo de água. Para exemplificar este último item, no DF, o consumo diário direto de água é de aproximadamente 760 milhões de litros que, somados ao volume necessário para a geração de energia elétrica consumida pela população do DF - 73 bilhões de litros - alcança a cifra diária de 73,760 bilhões. Isto quer dizer que se quisermos água sustentável teremos que apagar a luz.
Leve-se em conta que o crescimento demográfico implica em rebanhos bovinos, suínos, etc. que ocupam o mesmo espaço do Homo Sapiens e precisam muito mais água para sobreviverem.
(A pop. brasileira é de 204 milhões e o rebanho bovino é de 212 milhões de cabeças.)

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