terça-feira, 3 de março de 2015

SEMINÁRIO ÁGUAS ACIMA


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O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, em seu auditório situado à EQ 703/903, no Plano Piloto, com a participação de especialistas da UnB, a cooperação ativa da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) de órgãos públicos, instituições ambientalistas, empresas privadas e Associações de Moradores de Brasília, promoverá, no dia 19 de março de 2015, a partir das 19h, o SEMINÁRIO ÁGUAS ACIMA.
O SEMINÁRIO ÁGUAS ACIMA, iniciativa preparatória ao 8º. Fórum Mundial da Água que se realizará em Brasília, em 2018, tem por objetivo iniciar um ciclo de debates sobre investimentos necessários águas acima para preservação dos mananciais que justifiquem investimentos águas abaixo com múltiplas tecnologias de captação e detenção de águas pluviais na área urbana e rural.
Desde sua criação, em 1964, O IHG/DF acompanha e registra os fatos históricos da população que se instalou no espaço geográfico do Planalto Central atraída pela construção de Brasília. Uma bucólica área do cerrado se transformou, em 55 anos, numa metrópole de mais de 4 milhões de habitantes.
Preocupado com as irregularidades climáticas que atingem o Centro-Oeste, e especificamente o Distrito Federal, o IHG vem discutindo e propondo medidas estratégicas para a preservação ambiental inclusive da cidade-parque idealizada pelo Dr. Lucio Costa.
A ocupação das novas terras, ao longo dos anos, não atentou ao rigor do planejamento da expansão urbana. O impacto do crescimento da população no DF se fez vigoroso sobre o bioma cerrado. Provocou mudanças ecológicas e ambientais irreversíveis. Reduziu a biodiversidade regional pelo crescente desmatamento e defaunação.
A área por habitante que, em 1960, era de 40 mil m2, reduziu-se, em 2015, para 2.000 m2. É nesta exígua área que se alimentam e vivem todas as formas de vida: plantas, animais selvagens e domésticos e a população humana. O rápido crescimento da população criou dificuldades quase insuperáveis ao controle da expansão urbana, do transporte público e demais serviços de educação e saúde.
A denominada “crise hídrica” que afeta milhões de pessoas das três maiores metrópoles do Sudeste e dezenas de outras cidades torna a estratégia de abastecimento de água uma prioridade a ser seriamente considerada.
O consumo atual de água da população do DF atinge cerca de 520 milhões de litros/dia com tendência a aumentar nos próximos anos em razão do crescimento anual da população da ordem de 44 mil habitantes, correspondendo ao tamanho de um Núcleo Bandeirante.
Grandes investimentos projetados e realizados águas abaixo se revelaram insuficientes para atender às necessidades de consumo da população. Raros e de pouca monta são os investimentos águas acima para proteger a vegetação nativa e as nascentes de água. A agonia temporária da principal nascente do Rio São Francisco foi um clamoroso alerta para a necessidade de se realizarem investimentos maciços e de longo prazo águas acima.
Diante das irregularidades climáticas, a real dificuldade, em futuro próximo, de acesso à água para os habitantes do DF, poderá ser minorada se um vigoroso plano de preservação ecológica for levado a efeito pelos órgãos responsáveis com o apoio e o interesse da sociedade brasiliense e dos meios de comunicação.


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